quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Goiânia pra todo lado!

No caminho de volta da Pousada do Rio Quente (sim, eu estive lá nos últimos dias, caso contrário não poderia estar voltando), uma placa de trânsito me chamou a atenção.

Você sabe como funcionam essas viagens ao interior do País (e pouca coisa é mais interior que o interior de Goiás): passamos por povoados e pequenas cidades com todo tipo de sinalização pitoresca. Do "Motel Topa's" à "Ofissina do Jeguinha" que, vale lembrar, também é borracharia, videolocadora (de VHS, claro) e vende doces caseiros.

Mas essas placas são produto de um povo necessitado e de pouca instrução e, além de perdoáveis, são sinal de uma simplicidade e astúcia que os arqueólogos do futuro escavarão avidamente. Eu as aceito, rio e me encanto com elas.

Já a sinalização rodoviária não pode ser vista com a mesma condescendência. Claro, no Brasil, perdura o hábito de perdoar muito e exigir poucos de nossos governantes. Inclusive, quanto mais perdoamos, mais nos afeiçoamos a eles – e nos dispomos a perdoar cada vez mais, como se o político fosse uma espécie de cachorrinho travesso.

Isso explica porque a popularidade do Lula não estremece nem mesmo depois dele menosprezar uma das maiores crises financeiras da história moderna. E talvez explique porque uma das placas de sinalização em um trevo apontava para Goiânia em duas direções diferentes.

Isso mesmo! Em determinado ponto da estrada, vi-me diante de uma placa que me informava (ou desinformava) que a cidade de Goiânia poderia ser alcançada tanto se seguíssemos em frente quanto se virássemos à direita. Isso poderia significar três coisas:

1. Durante minha estada na Pousada, Goiânia havia conquistado militarmente o Centro-Oeste, expandindo suas fronteiras e, portanto, todos os caminhos levariam à Roma, perdão, à Goiânia.

2. A placa está correta, e uma das duas estradas fará uma volta maior, sendo, portanto, mais longa que a outra. Como a quilometragem não estava disponível na placa, cabe ao viajante escolher na base da adivinhação ou conhecimento prévio do caminho.

3. A placa está errada.

Como o levante armado Goiano não havia acontecido, a placa deveria ser alterada e corrigida. E, já que começamos o assunto, a estrada de Luziânia deveria ser completamente reformada acrescentando-se á ela ao menos o acostamento.

Mas como também tão cedo não volto na Pousada do Rio Quente, não é mais problema meu. *


 

*Pensamento típico brasileiro que também explica o estado de muita coisa no País, mas não necessariamente espelha as opiniões do autor.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Uniforme

Não sei se alguém mais reparou, mas o Keanu Reeves tem uma espécie de uniforme pra fazer filmes de ficção científica e de fantasia: o terno e a gravata.

Foi assim no Matrix (mais no primeiro), no John Mnemonic, no Constantine, no Advogado do Diabo e agora no O Dia em Que a Terra Parou.

Para um ator mediano (estou de bom humor e vou evitar a palavra medíocre), usar a mesma roupa sempre não é um bom negócio, pois assim o personagem não varia nem na interpretação e nem na aparência. No entanto, isso parece não afetar muito a agenda do ator e nem a bilheteria de seus filmes.

E era isso o que eu tinha a dizer. Reconheço que não é lá grandes coisas para o primeiro post do ano, mas 2009 está apenas começando, gente.