sexta-feira, 4 de março de 2011

Oscarzinho

Agora que já não é novidade, não faz o menor sentido falar sobre o Oscar. Ou seja, é o momento certo para o Ninguém Perguntou dar pitaco.

Esse foi o Oscar mais previsível dos últimos tempos, se eu tivesse entrado em um bolão, teria ganho (ou ganhado, dependendo da forma irregular de sua preferência) praticamente tudo. O Discurso do Rei é um filme com fórmula pronta pra ganhar: bons atores, choque de classes, fotografia correta - e não deu outra.
Ficou provado que a indicação de 10 filmes para o prêmio máximo é apenas mesmo para aquecer a indústria cinematográfica, que anda mal das pernas, e não para premiar a ousadia (Black Swan), a intensidade (127 horas) ou a temáticas modernas (A Rede Social).

Mas a safra de filmes em si é muito boa. Da pegação lésbica da Natalie Portman à gagueira contida de Collin Firth, tudo vale à pena ver – o que é mais do que o que se pode dizer dos filmes indicados no ano passado.

Uma última reclamação: Inception indicado a melhor roteiro? Pessoas, o filme é legal, muito bem montado, super bem dirigido, com efeitos bem criativos, etc. Mas o roteiro é Matrix versão deprê sendo que, dentro do contexto, a desculpa do sonho faz muito menos sentido do que a realidade virtual do Matrix.

Em outras palavras: estou cada vez menos interessado no Oscar. Bom, no dia em que tiver ganhado (ou ganho) um, isso muda.