sexta-feira, 29 de julho de 2011

Vovô Gengis


Um fato que só é conhecido por 13% da população mundial é que 50% das estatísticas são falsas, mas uma recente descoberta chamou minha atenção pelo fato de provavelmente ser verdade (84,3% de chance): 4% da população mundial é, de alguma forma, descendente de Temujin, o Gengis Khan.

Gengis Khan você conhece, claro. É o mongol doidão que conquistou meio mundo em mil duzentos e alguma coisa, com a desculpa de que os cavalos de sua região precisavam de pasto. O argumento era fraco, mas os arqueiros do sujeito matavam todo mundo a 500 metros de distância, o que limitava muito a discussão sobre o assunto.

Fato: brilhante estrategista militar, Gengis conquistou nada menos que a China (que tinha muralha e tudo, mas não adiantou), país mais populoso do mundo.

Fato: Gengis Khan comia todo mundo e acredita-se que teve centenas de filhos.

Fato: uma parte desses filhos se espalhou pelo império do pai e também comiam todo mundo.

Especulação: se você é bom de conta já reparou que centenas de filhos vezes milhares de netos dá gente pra cacete. Alguém com muito tempo livre resolveu botar tudo na ponta do lápis e saiu a conclusão de que 4% da população mundial (incluindo aí mais de 30% da população da Mongólia) tem direito a entrar na justiça para reclamar um pedaço da herança do conquistador mongol.

Já acionei meu advogado e ele acredita que é possível provar que a compulsão que tenho de invadir e conquistar Anápolis é genética. Além disso, é quase certo que uma trisavó minha, em um verão muito louco, teve um caso com um criador de porcos da Xixia, primeira região conquistada por Temujin.

Em todo caso, mesmo com um forte elemento jurídico a meu favor, é pouco provável que o governo Chinês tope devolver o país, mas estou pedindo para todo mundo dar uma checada em sua árvore genealógica, pois se juntarmos gente suficiente, meu advogado acredita que podemos tentar um acordo.

Ou, na pior das hipóteses, invadimos Anápolis. Vovô Gengis ficaria orgulhoso.

Agora, olhe bem a foto e veja se não é a minha cara.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Continuidade não é continuação

O que a Marvel está fazendo com suas produções de filmes de super-heróis é algo impressionante. Não apenas porque muitos dos filmes são genuinamente bons (o primeiro homem-aranha, Homem de Ferro), mas porque eles estão tendo sucesso em trazer algo inerente aos quadrinhos para o cinema: continuidade.

Não estou falando de uma história em sequência ao longo de diversos filmes, coisa relativamente comum, presente nas telas do cinema desde a década de cinquenta com os seriados semanais (conceito que atingiu seu ápice com Harry Porter – uma cacetada de filmes com os atores envelhecendo junto com seus personagens). Estou falando de vários filmes com personagens diferentes ambientados dentro de um mesmo universo.

Isso era exclusividade dos quadrinhos, mas a ousadia da Marvel está trazendo a ideia para o cinema – e com excepcionais resultados.

Primeiro porque, como eu disse, muitos dos filmes são realmente bons. E mesmo os que não são, são bem produzidos, com alguns bons momentos.

Segundo porque eles conseguiram se conter e estão dando vida ao projeto de forma discreta e consistente. A presença de Nick Fury no final dos créditos já é algo esperado pelos fãs, a continuidade dos x-men não atropela a dos vingadores, cada filme funciona perfeitamente bem com um elemento isolado, etc.

Quer um exemplo do funcionamento dessa continuidade? Em Capitão América, o mito dos deuses nórdicos faz parte da trama, mas eles não perdem tempo explicando nada sobre o tema... PORQUE JÁ EXPLICARAM NO FILME DO THOR!

Em que pese o contexto infanto-juvenil de super-heróis e o gosto pessoal de uns e de outros pelo tema, todos têm que reconhecer que essa ferramenta narrativa é simplesmente brilhante. É original, envolvente e está sendo utilizada com absoluta maestria.

Aproveito o assunto para comentar que, ao que tudo indica, o filme do Capitão América vai surpreender e ser excepcional (eu esperava um filme bacaninha, mas os críticos mais ácidos americanos estão tirando o chapéu para o filme dizendo que acertaram em tudo: na caracterização do personagem, na escolha do elenco de apoio, na história e até no tom de patriotismo, que era o coelho mais difícil de tirar dessa cartola).

Enquanto isso, no outro universo, o da DC, só Batman salva. O reboot do Superman a alguns anos atrás foi um dos piores filmes que já vi, o filme do Lanterna Verde é um dos piores filmes já produzidos na história da humanidade, o filme E a série da Mulher Maravilha foram cancelados... Enfim, o melhor filme de heróis da DC dos últimos tempos foi o Watchmen, que afundou nas bilheterias, embora tenha sido esteticamente brilhante e executado dentro do que era possível, dadas as limitações narrativas do cinema (sim, o cinema ainda tem limitações narrativas que os quadrinhos não têm).

Enfim, a Marvel já me convenceu de que Os Vingadores será o maior (e talvez melhor) filme de super-heróis de todos os tempos, simplesmente porque o filme é só a última parte da série composta por todos os filmes de heróis que eles fizeram nos últimos quinze anos.

Excelsior!*

* Se você não entendeu essa referência, sugiro ler mais sobre a pessoa que podemos considerar responsável por essa porra toda (e quando falo porra toda, quero dizer A PORRA TODA!), Stan Lee.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

De volta com estilo

A montanha russa que chamamos de vida me preparou algumas surpresas e o blog andou parado.

Estava pensando em uma maneira para voltar em grande estilo e nada parecia ser grandioso o suficiente para justificar o tempo parado.

Finalmente lembrei que, na era da internet, tentar ser criativo e original é perda de tempo. Digitei "fucking awesome" no google e, na aba de imagens, encontrei a figura abaixo.

A internet está sempre certa. Nada é mais fucking awesome que um raptor cavalgando um tubarão branco carregando um RPG!



Breve novos posts!!