quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Super 8

Super 8 é um filme que tem uma imensa desvantagem: é extremamente previsível. Até mesmo porque a ideia do diretor JJ Abrahams era “homenagear” os filmes de Spielberg dos anos 80, que tinham crianças como protagonistas e foram grandes sucessos, como ET, Goonies, etc.

A homenagem foi um pouco longe demais e ele copiou não só a fórmula como também o roteiro, principalmente no caso de ET.

A vantagem é que o próprio diretor sabe que fez isso, e acabou utilizando-se de um recurso interessante para disfarçar a falta de criatividade (ou o medo de fugir da fórmula e dar errado): criou uma história paralela sobre a produção de um filme amador feito pelas crianças. O estratagema funciona e a história paralela acabou sendo tão boa que deu até título ao filme.

Apesar de despretensioso e formulaico, o filme acerta onde mais conta. Um primeiro ato muito bem montado, que introduz os personagens de forma decente, e um elenco de atores mirins bem calibrado, com ótima sinergia.

O filme acaba sendo nostalgia pura e, se você já passou dos trinta (e ainda não ultrapassou os 50), é quase certo que vai se sentir transportado no tempo e não vai conseguir evitar o sorriso em algumas cenas. É uma pedida interessante para renovar o espírito e também para ir com a namorada ou esposa – o relacionamento entre o casal mirim é bonitinho e vai deixá-la suspirante, sem dúvida. Ou seja, todo mundo sai ganhando e você não precisou assistir a uma comédia romântica.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Livros difíceis

Confesse: você já largou um livro no meio não porque a história era ruim, mas sim por absoluta falta de compreensão ou paciência. Normal. A leitura, assim como todas as outras coisas que dão prazer, tem hora que não emplaca - como rodízio de pizza depois da feijoada ou sexo sem camisinha. Ou... Enfim, antes que eu me perca nas metáforas esdrúxulas aqui vão alguns exemplos dos livros que ganharam de mim:

1. Ulysses, de Joyce: esse, na verdade, nunca nem abri, de medo.

2. As 1001 noites: tem dois anos que este é o meu livro de cabeceira antes de dormir. Todo dia leio um pouco. Acho que, inconscientemente, estou tentando reproduzir a história em tempo real. É um livro até fácil e gostoso de ler, mas não adianta: todo dia leio um pouquinho e abandono para dormir ou ler outra coisa.

3. Empolgado pela série de videogame Dynasty Warriors, resolvi certa vez encarar o Romance dos Três Reinos, livro clássico Chinês no qual a série de jogos se baseia. Com quase mil páginas, o livro era maior que lista telefônica lá de casa – e tinha mais personagens que a lista telefônica! Pela página duzentos, tinha uns 30 sujeitos cujos nomes eram pequenas variações de Zhang Lu (e mais outros dois mil outros caras). Nem precisa dizer que voltei a acompanhar a história da reunificação da China e da revolta dos turbantes amarelos apenas pelo videogame. O que também não é exatamente compreensível, mas pelo menos dá pra saber que o tal do Lu Bei pulava três metros de altura, comia arroz do chão, brilhava quando tava puto e matou umas 15 bilhões de pessoas, todas com a mesma cara – mas pode ser que o videogame tenha usado alguma licença poética.

4. Grande Sertão Veredas, do Guimarães Rosa: esse eu li, mas não li. Porque eu entendi uma coisa e o texto dizia outra.

5. Qualquer coisa do Paulo Coelho: li O Alquimista e o Diário de um Mago, mas meu pai e minha mãe sempre me orientaram a ficar longe das drogas e, portanto, parei.

6. A Ilíada, de Homero (se é que existiu um Homero e se é que ele escreveu a Ilíada)- em verso e em inglês, quando meu inglês ainda não era lá essas coisas. Outro que cheguei até o final, mas entendi mesmo 30% da coisa toda, com boa vontade. Ainda tenho o livro, que de vez em quando me olha com ar de superioridade da estante.

Curiosamente, nunca tive esse tipo de problema com a Agatha Christie. Já li toda a obra dela umas duas vezes. Ahh, a boa e velha Agatha- em minha adolescência fui diversas vezes para a cama com ela... Pois é, o livro de mistério é a receita perfeita para o cérebro preguiçoso, pois, no finalzinho, o detetive sempre faz um resumão da história antes de revelar o assassino.

domingo, 7 de agosto de 2011

Temperinho caseiro

Se você revirar meus posts passados, vai encontrar um que fala sobre um bando de cientistas que realizaram um experimento que poderia ou não criar um buraco negro no centro da terra. A ideia não era das mais felizes, mas, pelo menos, a coisa toda estava sendo supervisionada pelos governos de três países diferentes.
Entra em cena o sueco Rich Handl, um cientista louco da vida real que decidiu ver se conseguia realizar uma fissão nuclear em casa.
Você leu certo: sabe-se lá como, o cara conseguiu acesso a urânio, rádio e amerício, botou tudo numa panela e acendeu o fogo, na tentativa de criar um reator nuclear caseiro. E o objetivo não era nem economizar na conta de luz. O cara simplesmente queria ver se era possível.
Os relatos da experiência – incluindo fotos do meltdown causado no fogão - você pode acompanhar no blog do rapaz (link abaixo), mas já adianto o final da história: o cara foi preso. Sabe como? Depois do acidente na cozinha, ele próprio resolveu ligar para o órgão que trata de energia nuclear lá na Suécia para trocar experiências e ver o que ele poderia fazer para garantir a segurança da operação.
Dez minutos depois da ligação uma equipe da SWAT sueca, junto com a divisão de controle de danos sueca e o equivalente à Liga da Justiça sueca estavam no apartamento do cara.
Feliz da vida, ele lamenta não poder mais continuar o experimento, mas comemora o fato de ter ficado famoso.
Louco. De. Pedra. E o cara é meu vizinho aqui no blogspot:
E já que tocamos no assunto Suécia, segue uma foto de uma fantástica loura sueca aleatória - pra não desperdiçar nem o tema, nem a oportunidade.

The FP

Eu poderia viver sem os malucos perigosos, mas os malucos inofensivos são indispensáveis. Por exemplo, veja só o filme que brevemente será lançado no link abaixo.

Um aviso: não assista no trabalho a não ser que seu chefe seja bem liberal (ou que você seja o chefe...).

http://www.gameinformer.com/b/news/archive/2011/08/01/west-side-story-meets-dance-dance-revolution-in-this-real-trailer-for-a-movie-that-actually-exists.aspx