sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Como diria o Galvão: ACABOU!


A saga do Crepúsculo acabou e isso é um marco na história do cinema. Nunca antes uma série tão ruim de filmes fez tanto sucesso e o fato de que essa aberração acabou me enche de alívio e esperança.

Fãs da série já me disseram: “Quem é você pra criticar o filme? Não é você que gosta de assistir a filmes ruins?”.

Sim, eu assisti a Troll 2 e Zombie Strippers, filmes tecnicamente até inferiores a crepúsculo, mas com uma diferença: eu não levo esses filmes a sério (e muito possivelmente nem mesmo o diretor e roteirista do filme).

O sucesso de Crepúsculo é grave porque tanto os fãs como a autora acreditam que o que está sendo mostrado é algo que tem algum significado além de fetiche travestido de inocência. Se a história de Crepúsculo fosse uma paródia, a coisa toda poderia ser diferente, mas o verniz de seriedade que permeia a série transforma tudo em um produto imbecil, na melhor das hipóteses.

Dizem que o último filme da série é tão exagerado que inclusive funciona muito bem como paródia de si mesmo e, assistido com essa ótica, parece ser divertido. Quero dizer, divertido de uma maneira distorcida e doente, como quando um candidato desses programas de talentos se humilha na frente de milhões de espectadores cantando desafinadamente.

E, no último filme da série, os críticos internacionais dizem que os produtores quase fizeram um filme razoável, chutando o pau da barraca na segunda metade do filme, ignorando o texto original do livro (que é uma merda) e emendando um terceiro ato digno de Os Vingadores.

Mas eles ficaram com tanto medo de fazer uma coisa boa, ao que parece, que nos minutos finais enterraram a série com uma pá de cal, utilizando não apenas um, mas dois dos recursos narrativos mais abominados no universo conhecido: “foi tudo um sonho” e um “deux ex machina” pra resolver o impasse final.

Bonito.

Essa série ruim do inferno já vai tarde.

Full disclosure: eu talvez não seja a melhor pessoa pra criticar a série, pois eu assisti somente a trailers dos filmes, 40 minutos do primeiro e a cena do lobisomen dormindo de conchinha com a namorada do vampiro emo. E eu li apenas 73 páginas do primeiro livro.

Eu parto do pressuposto de que se todo o resto for mil vezes melhor do que o que eu vi, a coisa toda ainda é um dos piores produtos de entretenimento já produzidos na história da humanidade.

Bela, eu sou totalmente atrído pela sua filha menor de idade, mas de uma maneira super legal e nada esquisita.