OK, já vou logo avisando que a história que vem pela frente
é bizarra, daquelas que tem tudo pra ser mentira, mas é tão surreal que só pode
ser verdade.
Enfim,
A sexagenária Cecília Gimenez da cidade de Zaragoza, na
Espanha achou um belo dia no seu porão uma pintura com a efígie de Jesus
Cristo. Desolada com o estado geral da gravura resolveu, ela própria, mesmo sem
nenhum treinamento formal (ou informal) em artes dar um trato na imagem, com o
intuito de recuperar o original.
O resultado da “recuperação” foi catastrófico e a moça
transformou o rosto de Jesus no retrato de um babuíno desconfiado brotando de
uma melancia (ou algo parecido).
Percebendo que fez merda (desculpem a frase direta, mas não
tem outra forma mais clara de retratar o estado de espírito da artista
amadora), ela procurou a igreja local e mostrou o resultado da sua obra.
A igreja identificou a gravura como sendo de uns trezentos
anos antes e pegou a obra pra “ver o que dava pra ser feito”.
A história já seria ótima, mas não acaba aqui.
Antes que a igreja pudesse fazer qualquer coisa, a história
se espalhou pela internet e dezenas de curiosos resolveram visitar a igreja pra
ver pessoalmente o “Estrago de Cecília”, nome pela qual a obra passou a ser
conhecida.
O tráfego na igreja cresceu tanto que o pároco local decidiu
cobrar para que as pessoas vissem a obra. Com a brincadeira, a igreja faturou
pouco menos de três mil dólares. Ao saber do lucro, Cecília não titubeou,
acionou seu advogado e exigiu – pausa dramática – royalties!
O resultado do litígio ainda não saiu.
O cúmulo da mediocridade artística: destruir uma obra de dezenas de milhares de dólares pra exigir 1 e meio por cento de 2.600 dólares na justiça.