O Super que conheço era assim, traduzido: Super-Homem. Vinha de Krípton (e não de Kriptón), namorava a Míriam Lane, foi o Superboy quando adolescente (com direito a participação na Legião dos Super-Heróis), era primo da Supermoça (Kara Jor-El) e era interpretado pelo Christopher Reeve. O Lex Luthor da minha dolescência era o líder da Liga da Injustiça, vestia armadura verde e roxa e foi interpretado no filme pelo Gene hackman. Meu desejo secreto era pela loirinha Valerie Perrine, a senhorita Tachmaker, assistente do Luthor (que chegou a sair na Playboy).
O Super do meu pai apareceu pela primeira vez na revista Lobinho, era mais rápido que uma locomotiva (e não mais rápido que uma bala), capaz de saltar prédios altos com um só pulo (e não de voar) e já era à prova de balas, mas se uma bomba explodisse perto dele, era uma vez o herói. O Super do meu pai também não era tão bonzinho e jogou um ou dois bandidos do alto de edifícios. Ora, a identidade secreta do Super do meu pai era Edu (e não Clark Kent).
Com o passar do tempo, meu pai se adaptou à maioria das mudanças do Super-Homem e chegou a gostar de muitas coisas do meu Super, como o filme de 78, por exemplo.
O mesmo aconteceu comigo, claro. O filme de 78 revelou, para meu total espanto, que o nome da jornalista era Lois e, na década de oitenta, a série Crise nas Infinitas Terras acabou, de uma vez só, como Superboy, a Supermoça e todos os super-animais. O seriado Lois e Clark também oficializou a mudança de nome para Superman, para facilitar o merchandising com os novos produtos do kriptoniano. Vi, estupefato, a editora Abril mudar o nome do herói nas capas dos gibis.
Tive a vantagem adicional de viver na época do quadrinho adulto e, portanto, não precisei me adaptar totalmente às bobagens do seriado Lois e Clark e Smalville, já que tinha Alex Ross, Mark Millar, Grant Morrison, Kurt Busiek, Jeph loeb e John Byrne criando histórias do homem de aço especialmente para mim, do alto dos meus trinta anos.
Mas agora um novo Super-Homem, desculpe, Superman está sendo apresentado às gerações mais novas. E me sinto realmente um velho rabugento quando leio as críticas das revistas especializadas e converso com meus amigos e vejo que todo mundo pareceu gostar do filme, menos eu. Ai, ai. Pelo menos, sempre terei minha edição encadernada de Kingdom Come para me consolar.
E, só para provar que sou fã: você sabia que...
... a primeira versão do Superman não tinha nem capa?
... a foto tirada pelo garoto com o celular no filme O Retorno é uma réplica da capa da revista Action Comics, primeira parição do Superman nos quadrinhos?
... Os autores do Superman venderam os direitos autorias de sua obra por 130 dólares? E haja processo para recuperar o prejuízo. Depois de muita confusão, a DC concordou em dar uma pensão vitalícia para Siegel e Shuster.
... o Superman, assim como ator que o interpretou, Christopher Reeve, também já caiu do cavalo e ficou paralítico? A história é da década de setenta e mostra um Superman sem poderes e sem memória, depois de ter sido exposto à kriptonita vermelha (naquela época, a kriptonita tinha várias cores e a vermelha era porreta: eliminava para sempre os poderes do Super). Sem poderes, Clark Kent ficou paralítico até que caiu num rio e foi curado por uma sereia e, não, o roteirista dessa história não foi o mesmo de O Retorno.
... que o Super já beijou na boca de nove mulheres, mas que, pelo menos de acordo com as informações das revistinhas, só comeu duas? Uma é a Lois Lane, todo mundo sabe, mas e a outra? Alguém arrisca um chute? Para facilitar, segue a lista das beijadas:
Lois Lane
Lana Lang (amiga de infância)
Sally Sellwin (a que se apaixona pelo Clark sem superpoderes – o que caiu do cavalo)
Luma Lynai (uma super-heroína de um planeta com Sol azul)
Mulher-Maravilha (essa você conhece)
Lyla Lerrol (mais uma com dois Eles – uma kryptoniana)
Máxima (regente do planeta Almerac)
Lyrica Lloyd (uma atriz que morre de uma doença contraída na África)
Lori Lemaris (uma sereia e,sim, a mesma da história da paralisia).
O Super do meu pai apareceu pela primeira vez na revista Lobinho, era mais rápido que uma locomotiva (e não mais rápido que uma bala), capaz de saltar prédios altos com um só pulo (e não de voar) e já era à prova de balas, mas se uma bomba explodisse perto dele, era uma vez o herói. O Super do meu pai também não era tão bonzinho e jogou um ou dois bandidos do alto de edifícios. Ora, a identidade secreta do Super do meu pai era Edu (e não Clark Kent).
Com o passar do tempo, meu pai se adaptou à maioria das mudanças do Super-Homem e chegou a gostar de muitas coisas do meu Super, como o filme de 78, por exemplo.
O mesmo aconteceu comigo, claro. O filme de 78 revelou, para meu total espanto, que o nome da jornalista era Lois e, na década de oitenta, a série Crise nas Infinitas Terras acabou, de uma vez só, como Superboy, a Supermoça e todos os super-animais. O seriado Lois e Clark também oficializou a mudança de nome para Superman, para facilitar o merchandising com os novos produtos do kriptoniano. Vi, estupefato, a editora Abril mudar o nome do herói nas capas dos gibis.
Tive a vantagem adicional de viver na época do quadrinho adulto e, portanto, não precisei me adaptar totalmente às bobagens do seriado Lois e Clark e Smalville, já que tinha Alex Ross, Mark Millar, Grant Morrison, Kurt Busiek, Jeph loeb e John Byrne criando histórias do homem de aço especialmente para mim, do alto dos meus trinta anos.
Mas agora um novo Super-Homem, desculpe, Superman está sendo apresentado às gerações mais novas. E me sinto realmente um velho rabugento quando leio as críticas das revistas especializadas e converso com meus amigos e vejo que todo mundo pareceu gostar do filme, menos eu. Ai, ai. Pelo menos, sempre terei minha edição encadernada de Kingdom Come para me consolar.
E, só para provar que sou fã: você sabia que...
... a primeira versão do Superman não tinha nem capa?
... a foto tirada pelo garoto com o celular no filme O Retorno é uma réplica da capa da revista Action Comics, primeira parição do Superman nos quadrinhos?
... Os autores do Superman venderam os direitos autorias de sua obra por 130 dólares? E haja processo para recuperar o prejuízo. Depois de muita confusão, a DC concordou em dar uma pensão vitalícia para Siegel e Shuster.
... o Superman, assim como ator que o interpretou, Christopher Reeve, também já caiu do cavalo e ficou paralítico? A história é da década de setenta e mostra um Superman sem poderes e sem memória, depois de ter sido exposto à kriptonita vermelha (naquela época, a kriptonita tinha várias cores e a vermelha era porreta: eliminava para sempre os poderes do Super). Sem poderes, Clark Kent ficou paralítico até que caiu num rio e foi curado por uma sereia e, não, o roteirista dessa história não foi o mesmo de O Retorno.
... que o Super já beijou na boca de nove mulheres, mas que, pelo menos de acordo com as informações das revistinhas, só comeu duas? Uma é a Lois Lane, todo mundo sabe, mas e a outra? Alguém arrisca um chute? Para facilitar, segue a lista das beijadas:
Lois Lane
Lana Lang (amiga de infância)
Sally Sellwin (a que se apaixona pelo Clark sem superpoderes – o que caiu do cavalo)
Luma Lynai (uma super-heroína de um planeta com Sol azul)
Mulher-Maravilha (essa você conhece)
Lyla Lerrol (mais uma com dois Eles – uma kryptoniana)
Máxima (regente do planeta Almerac)
Lyrica Lloyd (uma atriz que morre de uma doença contraída na África)
Lori Lemaris (uma sereia e,sim, a mesma da história da paralisia).
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