Quando entrava de férias, o Pitoco tinha que aproveitar tudo. Tudo! Era uma mania.
No trabalho, era uma figura dócil e relaxada, sempre de bom-humor. Nas férias, era uma criatura obsessiva e estressada, sempre cansado, com olheiras e, não raro, dores musculares. Tinha sempre que participar de todos os passeios, ver todos os pontos turísticos, comer todas as comidas típicas. A Mari, sua esposa, quase enlouquecia:
— Pitoco, não agüento mais... Meus pés estão me matando... Já estamos andando há horas...
— Calma, Mari. Só mais duas feiras e o Museu das Flores. Não podemos ir embora sem conhecer o Museu das Flores.
— Não me fala em Museu!
É que a Mari tinha ficado traumatizada com a viagem à Paris. O Pitoco chegou a perguntar se podia entrar de patins no Louvre, pra dar tempo de ver tudo. Os pontos turísticos que ficavam ao ar livre, como o Arco do Triunfo, eles visitavam de madrugada. Viraram duas noites seguidas sem dormir e, no terceiro dia, quando desciam correndo o Champs-Elysées, a Mari teve um treco e caiu estatelada. O Pitoco quase a deixou sozinha no hospital para dar continuidade ao cronograma. Quase. Foi a maior crise no casamento dos dois.
A segunda maior aconteceu quando eles foram numa praia sei lá de onde, na qual o programa era ver umas tartarugas em um mergulho em alto mar. Estava caindo uma tempestade e o passeio foi cancelado. O Pitoco pagou a mais para um pescador levá-lo até o local mesmo assim. Pra resumir, ficaram dois dias perdidos em alto-mar e só não morreram porque beberam água da chuva e comeram carne de tartaruga. Enfim, um pesadelo.
Pior, só o Magela, que é justamente o oposto. Recusa-se a fazer qualquer programa considerado “turístico” pois não é “desses bobocas que caem em armadilhas para turistas”. Quando viaja, dorme em pensões na periferia, almoça na rodoviária e visita repartições públicas. A Tuca, esposa do Magela, fica contando os dias para as Férias acabarem e ela poder voltar logo ao seu trabalho de enfermeira na emergência de um grande hospital do Rio de Janeiro.
O Pitoco e o Magela se conheceram por conta de um amigo comum e estão se dando muito bem. Corre o boato que estão combinado sair de férias juntos.
No trabalho, era uma figura dócil e relaxada, sempre de bom-humor. Nas férias, era uma criatura obsessiva e estressada, sempre cansado, com olheiras e, não raro, dores musculares. Tinha sempre que participar de todos os passeios, ver todos os pontos turísticos, comer todas as comidas típicas. A Mari, sua esposa, quase enlouquecia:
— Pitoco, não agüento mais... Meus pés estão me matando... Já estamos andando há horas...
— Calma, Mari. Só mais duas feiras e o Museu das Flores. Não podemos ir embora sem conhecer o Museu das Flores.
— Não me fala em Museu!
É que a Mari tinha ficado traumatizada com a viagem à Paris. O Pitoco chegou a perguntar se podia entrar de patins no Louvre, pra dar tempo de ver tudo. Os pontos turísticos que ficavam ao ar livre, como o Arco do Triunfo, eles visitavam de madrugada. Viraram duas noites seguidas sem dormir e, no terceiro dia, quando desciam correndo o Champs-Elysées, a Mari teve um treco e caiu estatelada. O Pitoco quase a deixou sozinha no hospital para dar continuidade ao cronograma. Quase. Foi a maior crise no casamento dos dois.
A segunda maior aconteceu quando eles foram numa praia sei lá de onde, na qual o programa era ver umas tartarugas em um mergulho em alto mar. Estava caindo uma tempestade e o passeio foi cancelado. O Pitoco pagou a mais para um pescador levá-lo até o local mesmo assim. Pra resumir, ficaram dois dias perdidos em alto-mar e só não morreram porque beberam água da chuva e comeram carne de tartaruga. Enfim, um pesadelo.
Pior, só o Magela, que é justamente o oposto. Recusa-se a fazer qualquer programa considerado “turístico” pois não é “desses bobocas que caem em armadilhas para turistas”. Quando viaja, dorme em pensões na periferia, almoça na rodoviária e visita repartições públicas. A Tuca, esposa do Magela, fica contando os dias para as Férias acabarem e ela poder voltar logo ao seu trabalho de enfermeira na emergência de um grande hospital do Rio de Janeiro.
O Pitoco e o Magela se conheceram por conta de um amigo comum e estão se dando muito bem. Corre o boato que estão combinado sair de férias juntos.
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