Dizem por aí, não falo quem disse porque não sou fofoqueiro, que o cidadão normal tem direito a três opiniões não fundamentadas. Mais que isso já é avacalhação e agride o tecido social. Menos, é repressão.
De acordo com essa teoria, a gente não pode simplesmente ter opiniões sem dar satisfações para o vizinho, pois, afinal de contas, estamos todos no mesmo barco e, sem a harmonia que vem do consenso e da deliberação, só nos resta o destino da Torre de Babel. Ou seja, o desespero, o caos, a falta de comunicação entre os povos e os custos altíssimos da construção civil.
Mas também não somos robôs e todos precisam de uma válvula de escape. Por isso temos direito a ter três opiniões que não precisam de nenhuma justificativa.
Uma pessoa sensata poderia argumentar que isso tudo nunca vai sequer passar pela cabeça de um cidadão normal, mas aí eu ficaria sem assunto para a crônica. Então, vamos supor, por alguns instantes, que essa conjectura lá do começo seja verdade.
O mais seguro seria desperdiçar essas três opiniões sem fundamento com futebol, religião e política, mas quem precisa de segurança?
No caso do futebol, torço para o Flamengo porque vi o Zico (e toda a turma do time campeão mundial) jogar na minha adolescência. Ou seja, quando eu era impressionável, o Flamengo era impressionante, quer justificativa melhor?
Em relação à religião, também tenho meus argumentos, que não discuto aqui pra não mudar demais de assunto e, em relação à política, entrei para o partido dos incrédulos – aquele grupo que fica olhando para a televisão e, notícia após notícia, apenas repete:
— Não acredito.
Pronto. Limpei a área e agora tenho direito a três opiniões completamente injustificadas e socialmente aceitáveis – já que são apenas três. Estas opiniões não podem ser contestadas por mais absurdas que pareçam, a não ser que você faça questão de desrespeitar minha condição de cidadão e de contribuir para o desgaste das relações humanas.
A primeira: Luana Piovani é morena. Ela só pintou o cabelo de loiro. Acho a Luana Piovani uma morenaça.
A segunda: adoçante não deixa gosto estranho nas coisas. Chocolate diet e Coca Light são tão ou mais gostosos que suas contrapartes açucaradas.
E a terceira... A terceira... Vou guardar a terceira para uma outra ocasião. Depois da reação de alguns amigos mais radicais às minhas crônicas, acho que vou precisar.
De acordo com essa teoria, a gente não pode simplesmente ter opiniões sem dar satisfações para o vizinho, pois, afinal de contas, estamos todos no mesmo barco e, sem a harmonia que vem do consenso e da deliberação, só nos resta o destino da Torre de Babel. Ou seja, o desespero, o caos, a falta de comunicação entre os povos e os custos altíssimos da construção civil.
Mas também não somos robôs e todos precisam de uma válvula de escape. Por isso temos direito a ter três opiniões que não precisam de nenhuma justificativa.
Uma pessoa sensata poderia argumentar que isso tudo nunca vai sequer passar pela cabeça de um cidadão normal, mas aí eu ficaria sem assunto para a crônica. Então, vamos supor, por alguns instantes, que essa conjectura lá do começo seja verdade.
O mais seguro seria desperdiçar essas três opiniões sem fundamento com futebol, religião e política, mas quem precisa de segurança?
No caso do futebol, torço para o Flamengo porque vi o Zico (e toda a turma do time campeão mundial) jogar na minha adolescência. Ou seja, quando eu era impressionável, o Flamengo era impressionante, quer justificativa melhor?
Em relação à religião, também tenho meus argumentos, que não discuto aqui pra não mudar demais de assunto e, em relação à política, entrei para o partido dos incrédulos – aquele grupo que fica olhando para a televisão e, notícia após notícia, apenas repete:
— Não acredito.
Pronto. Limpei a área e agora tenho direito a três opiniões completamente injustificadas e socialmente aceitáveis – já que são apenas três. Estas opiniões não podem ser contestadas por mais absurdas que pareçam, a não ser que você faça questão de desrespeitar minha condição de cidadão e de contribuir para o desgaste das relações humanas.
A primeira: Luana Piovani é morena. Ela só pintou o cabelo de loiro. Acho a Luana Piovani uma morenaça.
A segunda: adoçante não deixa gosto estranho nas coisas. Chocolate diet e Coca Light são tão ou mais gostosos que suas contrapartes açucaradas.
E a terceira... A terceira... Vou guardar a terceira para uma outra ocasião. Depois da reação de alguns amigos mais radicais às minhas crônicas, acho que vou precisar.
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