Existem motivos muito razoáveis para votar contra a proibição da comercialização de armas no país. Quer ver?
1. Os traficantes e líderes de quadrilhas são, ao que parece, a favor. Já estão com o esquema pronto para se reabastecer caso a fonte das armas privadas se seque.
2. Já é difícil comprar arma no Brasil (menos de duas mil foram vendidas no ano passado), é a polícia (federal, civil e militar) que não faz seu trabalho direito.
3. Desarmar o cidadão é fácil, difícil é desarmar o bandido.
4. Os bandidos vão atacar!!!!
Com exceção do último item, que é uma hipótese, o resto é verdade, mas mesmo assim vou votar pelo desarmamento. Ou seja, a favor da proibição e contra a venda. Ou seja, sim. Eu acho. O número dois. Veja porquê:
1. A opinião do bandido não me interessa. Parece meio óbvio que eles vão dar um jeito de se virar independentemente da lei. O negócio do bandido, até onde eu sei, é viver na ilegalidade.
2. O Brasil realmente não é um país com instituições sérias – e a última vez que tivemos esperança e apostamos no sistema deu no que deu. Mas, pelo menos, desmascaramos o PT e o Lula, o que já é um bom negócio. Saber que toda e qualquer arma é proibida facilita a denúncia. A gente faz a nossa parte agora e enche o saco da polícia e do governo depois. Eu sei, eu sei, a ordem é inversa, mas querer que uma ação do atual governo brasileiro faça sentido é pedir demais. Nem a pergunta do plebiscito é clara.
3. E vai continuar difícil. Vamos, pelo menos tentar acabar com os crimes por vingança, passionais e acidentes que superam, em muito, os assassinatos cometidos pelos bandidos.
4. Mesmo que a hipótese seja verdadeira, estou disposto a encarar mais assaltos e menos mortes.
No fim, a questão é menos séria do que parece. Não porque o assunto não seja grave, mas, porque, no Brasil, a lei é o de menos. Vivemos no país onde tem lei que “não pega”. A maioria das armas que estão em circulação, mesmo na mão de civis e cidadãos “honestos”, já são ilegais. Vivemos imersos na ilegalidade e na irregularidade, nosso comércio informal não é de artesanato – é de produtos piratas e contrabandeados. Quantos cidadãos de bem não vão pescar no Amazonas e trazem uma quantidade de peixes acima da cota permitida? Ter algum produto ilegal em casa é comum (às vezes até sem querer) e com arma não vai ser diferente.
A impressão que dá é que o referendo está acontecendo na hora errada. O país tinha que estar um pouco mais arrumado na área de segurança pública antes de pensar nisso. Enfim, é duro ter que reconhecer, mas vou votar no desarmamento não porque ache que vai funcionar, mas porque acho que é a coisa certa. E, de vez em quando, a gente tem que lutar pelo que acredita.
1. Os traficantes e líderes de quadrilhas são, ao que parece, a favor. Já estão com o esquema pronto para se reabastecer caso a fonte das armas privadas se seque.
2. Já é difícil comprar arma no Brasil (menos de duas mil foram vendidas no ano passado), é a polícia (federal, civil e militar) que não faz seu trabalho direito.
3. Desarmar o cidadão é fácil, difícil é desarmar o bandido.
4. Os bandidos vão atacar!!!!
Com exceção do último item, que é uma hipótese, o resto é verdade, mas mesmo assim vou votar pelo desarmamento. Ou seja, a favor da proibição e contra a venda. Ou seja, sim. Eu acho. O número dois. Veja porquê:
1. A opinião do bandido não me interessa. Parece meio óbvio que eles vão dar um jeito de se virar independentemente da lei. O negócio do bandido, até onde eu sei, é viver na ilegalidade.
2. O Brasil realmente não é um país com instituições sérias – e a última vez que tivemos esperança e apostamos no sistema deu no que deu. Mas, pelo menos, desmascaramos o PT e o Lula, o que já é um bom negócio. Saber que toda e qualquer arma é proibida facilita a denúncia. A gente faz a nossa parte agora e enche o saco da polícia e do governo depois. Eu sei, eu sei, a ordem é inversa, mas querer que uma ação do atual governo brasileiro faça sentido é pedir demais. Nem a pergunta do plebiscito é clara.
3. E vai continuar difícil. Vamos, pelo menos tentar acabar com os crimes por vingança, passionais e acidentes que superam, em muito, os assassinatos cometidos pelos bandidos.
4. Mesmo que a hipótese seja verdadeira, estou disposto a encarar mais assaltos e menos mortes.
No fim, a questão é menos séria do que parece. Não porque o assunto não seja grave, mas, porque, no Brasil, a lei é o de menos. Vivemos no país onde tem lei que “não pega”. A maioria das armas que estão em circulação, mesmo na mão de civis e cidadãos “honestos”, já são ilegais. Vivemos imersos na ilegalidade e na irregularidade, nosso comércio informal não é de artesanato – é de produtos piratas e contrabandeados. Quantos cidadãos de bem não vão pescar no Amazonas e trazem uma quantidade de peixes acima da cota permitida? Ter algum produto ilegal em casa é comum (às vezes até sem querer) e com arma não vai ser diferente.
A impressão que dá é que o referendo está acontecendo na hora errada. O país tinha que estar um pouco mais arrumado na área de segurança pública antes de pensar nisso. Enfim, é duro ter que reconhecer, mas vou votar no desarmamento não porque ache que vai funcionar, mas porque acho que é a coisa certa. E, de vez em quando, a gente tem que lutar pelo que acredita.
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