terça-feira, 3 de abril de 2007

Um cidadão abaixo de qualquer suspeita

A olho nu sou um brasiliense como qualquer outro. Tive minha fase de garage band, fiz luau na esplanada, brinquei no parque do foguetão, transitei pelo Bar do Ceará e conheci o Pontão em sua época mais democrática (e mais divertida). Mas uma análise mais cuidadosa pode despertar dúvidas.

Nunca subi na Torre de TV, não conheço a Água Mineral, não conheço a Chapada, nunca fui ao Beirute e nunca comi a pizza da Dom Bosco.

Em minha defesa, posso acrescentar que, sim, já terminei a noite no Templo da Boa Vontade e já tomei café da manhã no aeroporto. Por outro lado, nunca caminhei no Eixão, nunca bati pega no balão do aeroporto e não desfilei pelo Gilberto Salomão. Ok, fui à Zoom, mas não ficava circulando pela Summer.

Sei que para ser brasiliense basta nascer em Brasília e, neste ponto, estou coberto. Mas, se para conquistar a cidadania fosse necessário fazer uma prova, é possível que eu passasse raspando.

Um comentário:

  1. Falei com a Bela sobre isso um dia desses, brasilienses que moram aqui a vida toda e não conhecem a Chapada. Que posso dizer com relação a isso? Realmente, uma perda que vocês não imaginam (e não dá para vcs imaginarem mesmo). Eu perdi a conta das vezes que fui e sempre tem coisa nova. Brasília não tem praia, mas tem esse presente da natureza. A energia da cachoeira é maior do que muitas das energias que fazem o ser humano feliz. Se empata com o mar? Não sei, acho que não são concorrentes, são complemento. Não seja brasiliense Zinho! Conheça a Chapada, se não é por você, que seja pela sua filha.

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