Somente depois de casado é que comecei a freqüentar cabarés com maior assiduidade. Explico. A primeira vez que entrei em um foi justamente na minha despedida de solteiro e, de lá para cá, muitos amigos também se casaram e, nada mais natural, fui à despedida de solteiro deles. Não posso, portanto, me considerar um especialista em boates exclusivas para homens, mas já deu para observar uma ou outra coisa que agora divido com vocês.
Em primeiro lugar, o cabaré é um dos poucos lugares onde a perspectiva de prostituição não me deprime. Pelo menos, não na maior parte do tempo. Lá tem música, bebida, shows e um clima muito mais festivo que de sedução. Um ambiente meio despudorado, no qual fumar, beber, falar palavrão e coçar o saco não choca e não incomoda ninguém. E ainda tem mulher pelada.
Acho graça das performances exageradas nos estriptísis (como escreveria o Millôr) e admiro a criatividade das meninas que tentam surpreender sempre, seja com o auxílio da platéia, microfones, fantasias ou animais de borracha (sim, animais de borracha – e não me pergunte detalhes). Acho mais graça ainda da empolgação primitiva que toma conta dos homens e que transforma todo o jogo de cena em uma grande festa, com direito a imagens inusitadas, como mulheres que tiram a roupa de cabeça para baixo e o zeloso garçom que, entre um show e outro, limpa o cano de metal no qual as moças esfregam suas partes íntimas com uma flanelinha e álcool.
É claro que também tem os programas a dinheiro, os velhos babões e os tarados de atitude suspeita encolhidos no canto. E também sei que nem todas as garotas de programa estão felizes por estar ali e, não podemos esquecer, tem todo o aspecto explorador do dono da boate. O mundo não muda só porque a gente está no cabaré. Todas as injustiças sociais, destemperos emocionais e defeitos de fabricação da humanidade estão lá no cabaré junto com a gente.
Mas, tendo como referência o cabaré, me pergunto se o mundo não seria um lugar bem melhor se tivesse mais gente pelada. E, se não melhor, pelo menos mais divertido.
Em primeiro lugar, o cabaré é um dos poucos lugares onde a perspectiva de prostituição não me deprime. Pelo menos, não na maior parte do tempo. Lá tem música, bebida, shows e um clima muito mais festivo que de sedução. Um ambiente meio despudorado, no qual fumar, beber, falar palavrão e coçar o saco não choca e não incomoda ninguém. E ainda tem mulher pelada.
Acho graça das performances exageradas nos estriptísis (como escreveria o Millôr) e admiro a criatividade das meninas que tentam surpreender sempre, seja com o auxílio da platéia, microfones, fantasias ou animais de borracha (sim, animais de borracha – e não me pergunte detalhes). Acho mais graça ainda da empolgação primitiva que toma conta dos homens e que transforma todo o jogo de cena em uma grande festa, com direito a imagens inusitadas, como mulheres que tiram a roupa de cabeça para baixo e o zeloso garçom que, entre um show e outro, limpa o cano de metal no qual as moças esfregam suas partes íntimas com uma flanelinha e álcool.
É claro que também tem os programas a dinheiro, os velhos babões e os tarados de atitude suspeita encolhidos no canto. E também sei que nem todas as garotas de programa estão felizes por estar ali e, não podemos esquecer, tem todo o aspecto explorador do dono da boate. O mundo não muda só porque a gente está no cabaré. Todas as injustiças sociais, destemperos emocionais e defeitos de fabricação da humanidade estão lá no cabaré junto com a gente.
Mas, tendo como referência o cabaré, me pergunto se o mundo não seria um lugar bem melhor se tivesse mais gente pelada. E, se não melhor, pelo menos mais divertido.
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