Já fazia tempo que queria escrever sobre esse assunto, não me pergunte porquê. Agora apareceu a oportunidade, não me pergunte como. vamos lá, então.
Os anúncios de sexo pago no jornal revelam que existe um universo paralelo do erotismo, com siglas e vocabulário próprio, além de uma imensa criatividade para fisgar o cliente pelo fetiche certo.
Alguns truques são clássicos. Inventar um nome com a letra a, para aparecer primeiro nos classificados – o meu preferido é Aaron, para homens e, para mulheres, a gaguinha Aalana. Ou colocar cinco estrelinhas, como se o serviço fosse aferido por algum sistema de controle de qualidade que não o da própria acompanhante. Já pensou? Fica como idéia para uma edição adulta do guia 4 rodas (seria o guia de 4 rodas, rá, rá). E as taras tradicionais: iniciante, japonesinha, pedolatria, etc. Mas alguns argumentos de venda vão além do tradicional.
Demorei para descobrir o que significa uma mulher completa. Um amigo, mais experiente, ajudou: completa é que faz sexo anal. Esclarecido. Nas minhas elucubrações cheguei a imaginar que, se levasse um cesto de roupas sujas, a profissional completa as lavaria. Eu sei, eu sei: preconceito, machismo, me processe.
Mas que tal o “abro a porta peladinha”? Isso é que é desespero. BBG (bumbum grande), gata malhada (branca com manchas pretas?), extremamente linda!!!!!! (assim mesmo, com vários pontos de exclamação), “18 anos comprovados no RG” (ai,ai), pompoarista (legal!), ambiente de luxo (sinônimo de quitinete dividida com mais três amigas em cima da barbearia) e por aí vai.
Tudo isso prova minha tese de que a indústria do sexo caminha sempre sobre uma linha tênue entre o bom-humor e o deprimente, entre a satisfação e a solidão. Ao mesmo tempo em que o sexo pago é uma alternativa importante para saciar os desejos da humanidade, é também um dos melhores exemplos da falta de alternativa para alguns humanos, dos dois lados da negociação.
Mas, enfim, não sou contra o sexo. Sou contra o mau uso dele, pago ou não.
Os anúncios de sexo pago no jornal revelam que existe um universo paralelo do erotismo, com siglas e vocabulário próprio, além de uma imensa criatividade para fisgar o cliente pelo fetiche certo.
Alguns truques são clássicos. Inventar um nome com a letra a, para aparecer primeiro nos classificados – o meu preferido é Aaron, para homens e, para mulheres, a gaguinha Aalana. Ou colocar cinco estrelinhas, como se o serviço fosse aferido por algum sistema de controle de qualidade que não o da própria acompanhante. Já pensou? Fica como idéia para uma edição adulta do guia 4 rodas (seria o guia de 4 rodas, rá, rá). E as taras tradicionais: iniciante, japonesinha, pedolatria, etc. Mas alguns argumentos de venda vão além do tradicional.
Demorei para descobrir o que significa uma mulher completa. Um amigo, mais experiente, ajudou: completa é que faz sexo anal. Esclarecido. Nas minhas elucubrações cheguei a imaginar que, se levasse um cesto de roupas sujas, a profissional completa as lavaria. Eu sei, eu sei: preconceito, machismo, me processe.
Mas que tal o “abro a porta peladinha”? Isso é que é desespero. BBG (bumbum grande), gata malhada (branca com manchas pretas?), extremamente linda!!!!!! (assim mesmo, com vários pontos de exclamação), “18 anos comprovados no RG” (ai,ai), pompoarista (legal!), ambiente de luxo (sinônimo de quitinete dividida com mais três amigas em cima da barbearia) e por aí vai.
Tudo isso prova minha tese de que a indústria do sexo caminha sempre sobre uma linha tênue entre o bom-humor e o deprimente, entre a satisfação e a solidão. Ao mesmo tempo em que o sexo pago é uma alternativa importante para saciar os desejos da humanidade, é também um dos melhores exemplos da falta de alternativa para alguns humanos, dos dois lados da negociação.
Mas, enfim, não sou contra o sexo. Sou contra o mau uso dele, pago ou não.
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