Demorei muito para escrever novamente aqui no Ninguém Perguntou por que estive fora do Brasil. Para falar a verdade, estive fora do planeta. Um pouco por necessidade e um pouco por opção, decidi ignorar o mundo por uns tempos.
Mas a saudade de escrever no Blog apertou e resolvi voltar – mas talvez não tenha sido uma boa idéia. Afinal, se as notícias que tenho lido nos jornais são alguma indicação, nem o planeta, nem o Brasil são bons lugares para se estar nesse momento.
No Brasil, Renan Calheiros continua solto e, ao que parece, vai continuar assim. E, no Rio, que só pode ser chamado de cidade maravilhosa por ironia, alguns jovens espancaram uma mulher com a desculpa de terem pensado que era uma prostituta – e o fato deles pensarem que espancar uma prostituta é um ato plenamente justificável é apenas mais um sinal de que o mundo não anda bem.
As pessoas estão doentes. Ansiosas, angustiadas e estressadas, por motivos nem sempre muito claros. Algo a ver com a falta de dinheiro ou com a falta de tempo, talvez com a falta de perspectiva, sei lá. Algo estranho no ar.
O mundo está parecendo um grande elevador onde alguém soltou um pum. Um ambiente desagradável no qual nada podemos fazer para melhorar a situação. A não ser, talvez, achar graça.
Mas o fato é que a cada dia que passa parece que tem menos gente rindo.
Zinho, às vezes pensamos sobre as mesmas questões ao mesmo tempo... Por falar em tempo, tem uma música do Fito Páez que diz "estava ficando tarde e eu ia embora. Sempre fica tarde na cidade". E é essa a minha sensação com relação ao tempo. Está muito corrido hoje. Com relação à grana o Facundo Cabral diz: "o senhor não te perguntará o que fizeste com o dinheiro, mas o que fizeste da tua felicidade.... Indispensável para viver" e em outro trecho do monólogo do Cabral diz " ser feliz não é um direito, é uma obrigação. Por que se você não é feliz está fudendo com a vizinhança toda"
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