Com um grito pavoroso, o fantasma interrompeu a leitura do Sr. Pereira, contador, 54 anos.
— Mas o que é isso? – Esbravejou o Sr. Pereira.
— Sou eu... O fantasma de...
O Sr. Pereira nem esperou o fantasma concluir a sentença e já voltou os olhos para o livro, ignorando a criatura de cabelos desgrenhados e aparência cadavérica á sua frente. O fantasma ficou sem ação. Depois de alguns instantes sem ter certeza do que fazer, gritou de novo.
Dessa vez, o Sr. Pereira nem se mexeu. O fantasma, intrigado, cutucou-o com o indicador cadavérico. O Sr. Pereira apenas levantou a cabeça levemente.
— Sou o... – começou a aparição.
— Sim, sim, eu ouvi da primeira vez.
— E não teve medo?
— O seu grito foi inconveniente e, sem dúvida, assustou-me. Mas isso não se repetirá, pois, respondendo sua pergunta, não tenho medo; não acredito em fantasmas.
— Mas como pode não acreditar se estou na sua frente e conversando com você!
— Sou um homem de convicções, meu caro. Não acredito em fantasmas e pronto! Não é qualquer bobagem que me fará mudar de opinião.
— Mas como bobagem? O senhor está diante da evidência!
O Sr. Pereira olhou atentamente para a assombração por alguns segundos e depois voltou a ler seu livro, balançando a cabeça de um lado para o outro, desprezando por completo toda a indignação do fantasma.
Desolado, o fantasma recolheu-se à sua dimensão, duvidando da própria existência.
Eu poderia dizer que essa história tem uma moral. Algo do tipo: “se não acreditamos em nós mesmos, não adianta esperar que os outros acreditem”. Mas estaria mentindo. Se houver alguma moral na história acima, é coincidência.
— Mas o que é isso? – Esbravejou o Sr. Pereira.
— Sou eu... O fantasma de...
O Sr. Pereira nem esperou o fantasma concluir a sentença e já voltou os olhos para o livro, ignorando a criatura de cabelos desgrenhados e aparência cadavérica á sua frente. O fantasma ficou sem ação. Depois de alguns instantes sem ter certeza do que fazer, gritou de novo.
Dessa vez, o Sr. Pereira nem se mexeu. O fantasma, intrigado, cutucou-o com o indicador cadavérico. O Sr. Pereira apenas levantou a cabeça levemente.
— Sou o... – começou a aparição.
— Sim, sim, eu ouvi da primeira vez.
— E não teve medo?
— O seu grito foi inconveniente e, sem dúvida, assustou-me. Mas isso não se repetirá, pois, respondendo sua pergunta, não tenho medo; não acredito em fantasmas.
— Mas como pode não acreditar se estou na sua frente e conversando com você!
— Sou um homem de convicções, meu caro. Não acredito em fantasmas e pronto! Não é qualquer bobagem que me fará mudar de opinião.
— Mas como bobagem? O senhor está diante da evidência!
O Sr. Pereira olhou atentamente para a assombração por alguns segundos e depois voltou a ler seu livro, balançando a cabeça de um lado para o outro, desprezando por completo toda a indignação do fantasma.
Desolado, o fantasma recolheu-se à sua dimensão, duvidando da própria existência.
Eu poderia dizer que essa história tem uma moral. Algo do tipo: “se não acreditamos em nós mesmos, não adianta esperar que os outros acreditem”. Mas estaria mentindo. Se houver alguma moral na história acima, é coincidência.
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