Se até a pesquisa do IBOPE, que ouve a opinião de milhares de pessoas, tem margem de erro, o que dizer então das profecias, que são as opiniões de um cara só, normalmente meio doido.
Está todo mudo por aí, feliz da vida porque o mundo não acabou no final do século, mas eu ainda não relaxei. Se Nostradamus errou por, digamos, cinco por cento (que é uma margem razoável), o fim pode ser a qualquer momento. Se eu fosse você, começava a me preparar.
Mas como é que a gente se prepara pro final de tudo que existe?
Tem o básico. Fazer as pazes com parentes próximos, não economizar palavras de carinho, transar bastante e queimar o dinheiro da poupança naquela TV de plasma de quarenta polegadas. Eu, particularmente, tenho andado com um guarda-chuva dentro do carro, por causa da tempestade de enxofre. Fora isso, não sei, mas se me ocorrer mais alguma coisa indispensável, publico aqui.
Mas tem uma outra teoria que contradiz a minha. E essa outra teoria também é minha. É o seguinte.
Estava tudo pronto para o fim do mundo. Gafanhotos, sapos (engaiolados longe dos gafanhotos, para não dar confusão), trombetas, enfim, todo o aparato necessário pro Apocalipse. Mas nós trapaceamos.
— Vamos embora, pessoal! Rápido! O Fim dos Tempos chegou!
— Como assim, Peste? – Perguntou a Guerra. — Não é só no ano que vem?
— Eu também pensei que fosse. Não entendi nada, mas está todo mundo comemorando a passagem do século lá na Terra.
— Mas eles são loucos. Qualquer um sabe que o século só se inicia na virada do ano 2000 para 2001.
— Mas eles não querem nem saber. Olha lá – todo mundo comemorando. Vamos lá, já está quase tudo pronto mesmo. A gente acaba com o mundo rapidinho. Cadê a Fome?
— Foi fazer um lanche. Olha, não quero desanimar, mas não vai dar tempo. A gente pega esse povo no ano que vem, conforme o programado.
— Mas aí não vai ter graça.
Estrategicamente, a humanidade acabou com o clima para o Apocalipse. O bacana era todo ambiente de fim de século. Toda a mágica, toda a superstição. Os Cavaleiros do Apocalipse passaram a eternidade ensaiando sua grande entrada triunfal e a gente botou fogo no palco. Agora eles também não vêm mais – só de birra.
Mas, se eu fosse você, ficava atento. Ontem ouvi no rádio a última música da Kelly Key. E se isso não é um sinal de que o mundo está acabando, não sei mais o que é.
Está todo mudo por aí, feliz da vida porque o mundo não acabou no final do século, mas eu ainda não relaxei. Se Nostradamus errou por, digamos, cinco por cento (que é uma margem razoável), o fim pode ser a qualquer momento. Se eu fosse você, começava a me preparar.
Mas como é que a gente se prepara pro final de tudo que existe?
Tem o básico. Fazer as pazes com parentes próximos, não economizar palavras de carinho, transar bastante e queimar o dinheiro da poupança naquela TV de plasma de quarenta polegadas. Eu, particularmente, tenho andado com um guarda-chuva dentro do carro, por causa da tempestade de enxofre. Fora isso, não sei, mas se me ocorrer mais alguma coisa indispensável, publico aqui.
Mas tem uma outra teoria que contradiz a minha. E essa outra teoria também é minha. É o seguinte.
Estava tudo pronto para o fim do mundo. Gafanhotos, sapos (engaiolados longe dos gafanhotos, para não dar confusão), trombetas, enfim, todo o aparato necessário pro Apocalipse. Mas nós trapaceamos.
— Vamos embora, pessoal! Rápido! O Fim dos Tempos chegou!
— Como assim, Peste? – Perguntou a Guerra. — Não é só no ano que vem?
— Eu também pensei que fosse. Não entendi nada, mas está todo mundo comemorando a passagem do século lá na Terra.
— Mas eles são loucos. Qualquer um sabe que o século só se inicia na virada do ano 2000 para 2001.
— Mas eles não querem nem saber. Olha lá – todo mundo comemorando. Vamos lá, já está quase tudo pronto mesmo. A gente acaba com o mundo rapidinho. Cadê a Fome?
— Foi fazer um lanche. Olha, não quero desanimar, mas não vai dar tempo. A gente pega esse povo no ano que vem, conforme o programado.
— Mas aí não vai ter graça.
Estrategicamente, a humanidade acabou com o clima para o Apocalipse. O bacana era todo ambiente de fim de século. Toda a mágica, toda a superstição. Os Cavaleiros do Apocalipse passaram a eternidade ensaiando sua grande entrada triunfal e a gente botou fogo no palco. Agora eles também não vêm mais – só de birra.
Mas, se eu fosse você, ficava atento. Ontem ouvi no rádio a última música da Kelly Key. E se isso não é um sinal de que o mundo está acabando, não sei mais o que é.
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