Fiquei meio confuso. Devo comer ou não? No mesmo domingo no qual o Dráusio Varela foi ao Fantástico para nos aconselhar a comer menos, as três principais revistas do país (note que não usei a palavra “melhores”) tinham na capa uma matéria alertando sobre os perigos de se comer pouco.
Uma pessoa equilibrada deduziria que o importante não é comer muito ou pouco, mas comer bem. Mas quem é que anda equilibrado neste país? Eu é que não. Fiquei foi assustado com os dois episódios e não cheguei a conclusão alguma.
Primeiro, o Dráusio, vem me falar assim, sem rodeios e em cadeia nacional que quanto mais se come, mais rápido se morre. Surtei. Pelo tanto que já comi na vida, especialmente na adolescência, posso cair duro a qualquer momento. Ataquei de tal forma uma panela de vatapá em certa ocasião que, só ali, devo ter perdido uns três meses.
Pois é: nada de medicina ortomolecular, nada de chá rejuvenescedor e nada de plástica. O que garante mesmo a vida longa é fechar a boca.
Quem não deve concordar com isso são os pais da modelo Ana Carolina Reston, que morreu de anorexia na semana passada. E, de repente, toda a imprensa só fala sobre anorexia.
É claro que isso tem um lado bom e espero que a morte da menina sirva de alerta para as tantas outras modelos que se encontram na mesma paranóia com o corpo, mas essa cretinice do jornalismo me irrita. Não só esperaram alguém mais ou menos famoso morrer para tocar no assunto como, quando o fizeram, foi de forma sensacionalista e exagerada. A chamada de capa da revista época, se não é criminosa é imensamente desrespeitosa à memória de Ana Carolina. Isso só reforça minha tese de que jornalista desumano é pleonasmo.
Ok, existem exceções. Mas por onde andam essas exceções, meu Deus? Por onde andam? É claro que a anorexia não é o único mal que mata de forma trágica (faça uma pesquisa breve sobre as condições de um paciente que sofre de insuficiência renal), mas essa era uma morte que tinha foto, que tinha anotação do diário, que tinha mãe chorando, que tinha cenas de impacto... Ai, ai, imprensa. Se não é crime, deveria ser.
Coitada da Ana Carolina. Alcançou a fama sem querer, conquistando ao mesmo tempo a capa das três principais revistas semanais do país (note que não usei a palavra “melhores”).
Uma pessoa equilibrada deduziria que o importante não é comer muito ou pouco, mas comer bem. Mas quem é que anda equilibrado neste país? Eu é que não. Fiquei foi assustado com os dois episódios e não cheguei a conclusão alguma.
Primeiro, o Dráusio, vem me falar assim, sem rodeios e em cadeia nacional que quanto mais se come, mais rápido se morre. Surtei. Pelo tanto que já comi na vida, especialmente na adolescência, posso cair duro a qualquer momento. Ataquei de tal forma uma panela de vatapá em certa ocasião que, só ali, devo ter perdido uns três meses.
Pois é: nada de medicina ortomolecular, nada de chá rejuvenescedor e nada de plástica. O que garante mesmo a vida longa é fechar a boca.
Quem não deve concordar com isso são os pais da modelo Ana Carolina Reston, que morreu de anorexia na semana passada. E, de repente, toda a imprensa só fala sobre anorexia.
É claro que isso tem um lado bom e espero que a morte da menina sirva de alerta para as tantas outras modelos que se encontram na mesma paranóia com o corpo, mas essa cretinice do jornalismo me irrita. Não só esperaram alguém mais ou menos famoso morrer para tocar no assunto como, quando o fizeram, foi de forma sensacionalista e exagerada. A chamada de capa da revista época, se não é criminosa é imensamente desrespeitosa à memória de Ana Carolina. Isso só reforça minha tese de que jornalista desumano é pleonasmo.
Ok, existem exceções. Mas por onde andam essas exceções, meu Deus? Por onde andam? É claro que a anorexia não é o único mal que mata de forma trágica (faça uma pesquisa breve sobre as condições de um paciente que sofre de insuficiência renal), mas essa era uma morte que tinha foto, que tinha anotação do diário, que tinha mãe chorando, que tinha cenas de impacto... Ai, ai, imprensa. Se não é crime, deveria ser.
Coitada da Ana Carolina. Alcançou a fama sem querer, conquistando ao mesmo tempo a capa das três principais revistas semanais do país (note que não usei a palavra “melhores”).
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