Com a possível exceção do Bush, todo mundo sabe o que estava fazendo quando as torres gêmeas caíram. Nossa memória tem dessas coisas. Em um momento, estamos batendo a cabeça contra a parede tentando lembrar onde diabos está a chave do carro que, meu Deus, estava bem na minha mão não tem um minuto e, no momento seguinte, estamos revivendo nitidamente aquela tarde na quinta série quando a professora peituda finalmente foi dar aula de camisa branca e sem sutiã. O que, na verdade, nunca aconteceu – o que não impede a imagem de estar bem clara em minha mente.
Das festas de final de ano, o Ano-Novo é a que tem mais potencial para momentos inesquecíveis. Passamos o Natal normalmente com a família e essas festas de família tendem a se parecer umas com as outras. Não foi em 98 que a Tia Moema tropeçou e caiu de cabeça no peru do Osvaldinho? Ou foi em 96? Não... Em 96 o Osvaldinho não poderia ter levado o peru, pois ainda estava na prisão. Enfim, não lembro.
Já o Ano-Novo é uma data cheia de antecipação, de promessa de recomeços e de preparativos. Da cor da calcinha ao champanha, nada pode ficar ao acaso. A única coisa que contribui para o esquecimento da data é o alto consumo de álcool, mas ainda assim o potencial para um momento inesquecível está lá.
Onde você estava quando o relógio assinalou meia-noite?
Eu estava dando um beijo na testa da minha filha, que dormia tranqüila e profundamente, apesar dos fogos.
Feliz Ano-Novo.
eu tava em cavalcante, foi perfeito, mas a Bela pode te contar melhor.
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