Salvo engano, foi nesta semana que me chamaram de mentiroso. E eu achei ótimo. Seguem as explicações.
Contei uma história, não lembro exatamente qual, da minha época de adolescência e meu interlocutor, incrédulo, não teve dúvidas e soltou, com mais sinceridade que educação:
— Isso você está inventando, né?
Não fiquei chateado. Era um amigo e o amigo não faz essas coisas para nos constranger, fala porque é de casa. Na verdade, fiquei feliz ao constatar que algumas das coisas que já fiz parecem mentira. Deu-me um certo prazer a percepção de que certas coisas que vivi estão além do tédio e do cotidiano.
O Bono Vox, o Mandela e a Bruna Surfistinha devem ter histórias mais interessantes – e mais inacreditáveis – que as minhas, mas também tenho minha cota, como aquela vez que fugimos da polícia com o violão em cima do capô do carro ou aquela outra confusão que envolveu uma capa da Playboy, um mexicano imaginário e uma sala à prova de som. Bons tempos, bons tempos.
Lembrei-me do caso do Paulão, um sujeito simpático, mas meio fanfarrão, que afirmou que tinha, palavras dele, “comido a Madonna”.
— Quando ela esteve no Rio – completava.
Na época, o Paulão ficou hospedado no mesmo hotel que ela e, embora fosse possível, todo mundo considerava improvável. Pegamos no pé dele por um tempo e depois deixamos o assunto de lado.
Mas tinha uma coisa que me incomodava: era a tranqüilidade do Paulão. Todo mundo ria dele e o acusava, no mínimo, de ter uma imaginação fértil. E ele? Botava as mãos nos bolsos e sorria, sonhador.E você? Tem uma história inacreditável para contar? Se não tiver, está na hora de começar a pensar em viver algumas.
Contei uma história, não lembro exatamente qual, da minha época de adolescência e meu interlocutor, incrédulo, não teve dúvidas e soltou, com mais sinceridade que educação:
— Isso você está inventando, né?
Não fiquei chateado. Era um amigo e o amigo não faz essas coisas para nos constranger, fala porque é de casa. Na verdade, fiquei feliz ao constatar que algumas das coisas que já fiz parecem mentira. Deu-me um certo prazer a percepção de que certas coisas que vivi estão além do tédio e do cotidiano.
O Bono Vox, o Mandela e a Bruna Surfistinha devem ter histórias mais interessantes – e mais inacreditáveis – que as minhas, mas também tenho minha cota, como aquela vez que fugimos da polícia com o violão em cima do capô do carro ou aquela outra confusão que envolveu uma capa da Playboy, um mexicano imaginário e uma sala à prova de som. Bons tempos, bons tempos.
Lembrei-me do caso do Paulão, um sujeito simpático, mas meio fanfarrão, que afirmou que tinha, palavras dele, “comido a Madonna”.
— Quando ela esteve no Rio – completava.
Na época, o Paulão ficou hospedado no mesmo hotel que ela e, embora fosse possível, todo mundo considerava improvável. Pegamos no pé dele por um tempo e depois deixamos o assunto de lado.
Mas tinha uma coisa que me incomodava: era a tranqüilidade do Paulão. Todo mundo ria dele e o acusava, no mínimo, de ter uma imaginação fértil. E ele? Botava as mãos nos bolsos e sorria, sonhador.E você? Tem uma história inacreditável para contar? Se não tiver, está na hora de começar a pensar em viver algumas.
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