Acabei de assistir ao filme Babel da maneira mais apropriada possível. Em um DVD copiado no Paraguay (ou em Taiwan, tanto faz), com legendas que misturavam português de Portugal, espanhol e muita criatividade.
Como o filme trata justamente da diversidade de culturas, de línguas e da insanidade resultante da globalização, nada mais adequado que dificultar ao máximo o entendimento da história. Veja bem que, neste caso, a cópia pirata do filme, contribui para a experiência multicultural que o filme propõe e é, portanto, plenamente justificada.
A experiência teria sido mais bem sucedida se o filme fosse um pouquinho melhor. Lento e previsível, Babel deve seu sucesso às sessões de auto-análise que a sociedade americana tem promovido através do seu cinema (normalmente financiando cineastas de outros países, para garantir o distanciamento e eticétera). Não se trata de uma porcaria, longe disso. Até me arrisco a recomendá-lo, especialmente se você estiver no clima para um pouco de entretenimento deprê, mas só se você já tiver assistido aos outros indicados do Oscar. Todos os outros – incluindo Happy Feet e o documentário do Al Gore.
Nenhum comentário:
Postar um comentário