sexta-feira, 3 de março de 2006

Oscar

A melhor cerimônia do Oscar que assisti foi há alguns anos atrás, quando tive uma febre de 45 graus e delirei durante toda a apresentação. Vi a Fernanda Montenegro agradecer, em inglês macarrônico, pelo prêmio de Melhor Atriz. Vi a Whoopi Goldberg fazer um streeptease nada sensual, mas não menos impressionante por causa disso. E vi uma confusão envolvendo o Pé Grande, o Sílvio Santos e uma calcinha preta. Quase morri, mas valeu a pena.
Neste ano, o Oscar está todo politicamente correto, com gays e oriente médio saindo pelo ladrão. Arrisco-me a dizer que nem é o Oscar, é o mundo que está assim. A arte é por onde a humanidade sangra e a hemorragia é tanta que alcançou Hollywood.
No mundo globalizado estamos rápidos para refletir e ainda mais velozes quando o assunto é esquecer o que foi refletido, mas, no apagar das luzes, parece que andamos tendo algum progresso. Ao menos, no apagar das luzes do cinema.

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