quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Ai, Jesus


OK, já vou logo avisando que a história que vem pela frente é bizarra, daquelas que tem tudo pra ser mentira, mas é tão surreal que só pode ser verdade.

Enfim,

A sexagenária Cecília Gimenez da cidade de Zaragoza, na Espanha achou um belo dia no seu porão uma pintura com a efígie de Jesus Cristo. Desolada com o estado geral da gravura resolveu, ela própria, mesmo sem nenhum treinamento formal (ou informal) em artes dar um trato na imagem, com o intuito de recuperar o original.

O resultado da “recuperação” foi catastrófico e a moça transformou o rosto de Jesus no retrato de um babuíno desconfiado brotando de uma melancia (ou algo parecido).

Percebendo que fez merda (desculpem a frase direta, mas não tem outra forma mais clara de retratar o estado de espírito da artista amadora), ela procurou a igreja local e mostrou o resultado da sua obra.

A igreja identificou a gravura como sendo de uns trezentos anos antes e pegou a obra pra “ver o que dava pra ser feito”.

A história já seria ótima, mas não acaba aqui.

Antes que a igreja pudesse fazer qualquer coisa, a história se espalhou pela internet e dezenas de curiosos resolveram visitar a igreja pra ver pessoalmente o “Estrago de Cecília”, nome pela qual a obra passou a ser conhecida.

O tráfego na igreja cresceu tanto que o pároco local decidiu cobrar para que as pessoas vissem a obra. Com a brincadeira, a igreja faturou pouco menos de três mil dólares. Ao saber do lucro, Cecília não titubeou, acionou seu advogado e exigiu – pausa dramática – royalties!

O resultado do litígio ainda não saiu.

O cúmulo da mediocridade artística: destruir uma obra de dezenas de milhares de dólares pra exigir 1 e meio por cento de 2.600 dólares na justiça.