quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Fazer o bem sem olhar a quem

Alguns ditos populares são suspeitos, pois só trazem alívio psicológico ou beneficiam um lado da equação.
"O importante é competir" só serve para consolar o perdedor. "Dinheiro não traz felicidade" é ótimo para quem não tem um tostão (ou inveja de quem tem). E a frase "Fazer o bem sem olhar a quem" provavelmente foi inventa por um picareta precisando de ajuda.
Não existe boa ação que passe impune. Ao contrário do que muitos acreditam, fazer o bem não resulta em bem – pelo menos, não para quem faz. E o maior exemplo disso é Jesus Cristo. Tudo o que ele queria era que nos amássemos uns aos outros e foi traído, torturado e crucificado. Ele e praticamente todos os santos da igreja católica têm histórias tristes e terríveis. Gandhi também foi morto e bastou Jhon Lennon começar a falar de paz em suas músicas que também levou chumbo.
Esses são exemplos extremos, mas a teoria também funciona no nosso dia-a-dia. Fazer o bem aos outros não é algo que devamos fazer irrefletidamente, ou pior, achando que o outro ficará agradecido ou que a boa ação nos recompensará de alguma forma. Se quer fazer o bem, faça sabendo que isso lhe trará conseqüências.
Emprestar dinheiro, dar carona, dar conselhos e trazer estranhos para dentro de casa são todos exemplos de boas ações que podem acabar mal.
Sendo assim, podemos concluir que não vale a pena ajudar os outros, certo?
Resposta no próximo texto do Ninguém Perguntou.

8 comentários:

  1. Zinho, sempre leio seu blog (que por sinal é muito bom), mas nunca comento. Dessa vez, resolvi escrever. O que me impulsiona a "fazer o bem sem olhar a quem" não é o retorno que posso ter com isso. Realmente, se for pensar nisso não vou ajudar ninguém porque na maioria das vezes não terei retorno. O que me faz agir com amor é o amor de Deus por mim. O que ofereço aos outros ainda é muito pouco diante de tudo que já recebi e recebo todos os dias.
    Daniela Brito

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  2. Emprestar dinheiro, dar carona, dar conselhos e trazer estranhos para casa podem até ser boas ações, mas, na maioria das vezes, são apenas atos irrefletidos e precipitados, não necessariamente boas ações!

    Ouvir alguém, dar atenção a quem precisa ou mesmo um mero abraço ou beijo são boas ações que não acabam mal.

    Ações boas ou más acabam com conseqüências boas ou más, às vezes, os dois!

    P.S. Em relação ao beijo, pode acabar mal, caso a pessoa tenha sapinho!

    Nivaldo

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  3. Acho que você também deveria escrever sobre semeadura e colheita, que é uma outra coisa, mas que tem relação com o que você escreveu. Acredito realmente que colhemos o que plantamos. Se plantamos coisas boas, colhemos coisas boas (e isso vale para as ruins também). Mas o engraçado é que a colheita vem de um lugar ou de uma forma completamente inesperados. Isso manifesta a glória de Deus.
    Daniela Brito

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  4. Dou a maior força !!! Quem quer fazer o bem a alguém tem que estar preparado para pagar por isso. E raramente sai barato.
    Acho interessante os comentários mais ou menos indignados vindos de cristãos que acham que nessa terra colhe-se o que se plantou, enquanto o maior exemplo do contrário está na propria Bíblia onde deus veio ao mundo sabendo que todo o bem que ele faria daria no que deu. Tanto sabia que exitou um momemto... mas foi em frente.
    Porém... (sempre existe um porém) não podemos concluir, de modo geral, que fazer o bem não vale a pena. Isso só é valido para quem faz o bem esperando recompensa (o que, ipso facto, anula o carater moral da ação). Mas quem faz o bem, seu dever moral, somente por ser seu dever moral, não espera recompensa. A moralidade em si ("a lei moral dentro de mim", como diz Kant) é motivo suficiente para o ato. O retorno é, quase sempre, inapropriado e, com freqüência, injusto. Não é por nada que para chegar a perdoar quem não sabe o que faz é preciso ser um deus, ou algo muito parecido.

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  5. Sempre apoiei a teoria de "cada macaco no seu galho", ou seja, cada um cuidando de sua vida e principalmente de suas dívidas !!!!!!!!!!!
    Tal fato me custou um casamento de 16 anos, com um marido "bonzinho" que sempre emprestou, sempre ajudou a amigos e irmãos. Nos separamos. Após a separação, seu comportamento "Cristão", o levou a perder 2 carros, nome, e acumular dívidas com empréstimos para cobrir sua conta, pois as pessoas "confiáveis", deram o calote, e ele, vivendo de comissões e ajuda de custo em tempos de crise, não tinha dinheiro nem para pagar suas necessidades básicas.
    Hoje ele reconhece que eu tinha razão. Aceitei ele de volta após 5 anos... endividado, com o nome sujo outra vez e os devedores, viajam, frequentam barzinhos, compram roupas e etc... e ele que nunca deveu ninguém, hoje amarga o sumiço de todos na hora que ele precisou de ajuda.
    Peço a Deus que olhe por ele e principalmente que o faça entender, que ajudar impõe limites sérios...pois senão, perde-se o dinheiro e os amigos.
    Aos 51 anos, ele começa com -0, pois qdo era jovem, não tinha dívidas e nem o nome no Serasa !!! Que sirva de exemplo.

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  6. Boom é a primeira que estou passando por aqui, mas me achei no direito de escrever, pois sempre defendo o que penso e o que eu acho certo! Boom pelo o que eu estou vendo tem muita gente agente que bondade e dinheiro são sinônimos, e não é temos sim que fazer o bem sem olhar a quem por mais que isso não traga algum prêmio ou consequências boas, pois aqui na terra somos espelhos tudo o que faemos reflete a nós, Jesus só fez o bem e morreu crucificado mas não podemos usar ele como exemplo pois ninguém se compara a ele e se ele morreu foi por nós e esperou apenas que nós fossemos pessoa um pouco melhores, um pouco mais humildes, no entanto fazemos tudo nos preocupando com as consequências, por mais que as coisas boas que fassamos não reflita aqui pois todos somos seres falhos e maus mas Deus que é PERFEITO E IMCOMPARÁVEL verá e só assim veremos o reflexo de nosso bondade. Mesmo sabendo disso procuro fazer o bem não apenas porquê Deus está vendo, mas por quê ele tem autoridade e ordenou - ame o próximo como a ti mesmo. Eu não sei enquanto a você, mas eu me esforço o máxima para conseguir isso, não é uma missão fácil só que nem se compara do que morrer na cruz para salvar quem o matou.
    Grasiela Cristina

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  7. Não é fácil mesmo amar o próximo como a nós mesmos. E acho que, quando isso acontece, nos tornamos pessoas admiráveis. Leia o próximo post que avanço um pouco mais nessa discussão. E obrigado pela participação.

    Nínguem Perguntou

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  8. EU GOSTO DE FAZER O BEM, SEM PENSAR EM RETORNO,O QUE IMPORTA MESMO É EU ME SENTIR BEM,
    APESAR DE TER LEVADO MUITAS PATADAS, MESMO ASSIM CONTINUO AJUDANDO O MEU PRÓXIMO.

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