segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Comes

O correto é "pão de metro" ou "pão a metro"?

De forma muito particular, sou da opinião de que, se o pão é seu, você pode chamá-lo do que quiser (até porque ele não vai vir! Hahahaha...), mas os xerifes da gramática já devem ter um parecer formal a respeito.

"Pão de metro" poderia muito bem ser justificado como sendo a contração de "pão de um metro". Porém, como o pão é vendido a metro...

Estou preocupado porque vou dar uma festa por esses dias pra um pessoal meio High Society e não queria cometer nenhuma gafe. Inclusive, se não descobrir até lá, mudo o cardápio.

O quê? Servir sanduíche em festa já é uma gafe? Mas vocês queriam o quê? Que eu servisse só a coxinha e o torresmo?

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Reflexões sobre as reflexões acerca do Ninguém Perguntou

Parece que o tom meio existencialista das minhas reflexões sobre o Ninguém Perguntou funcionou (vocês são muito fáceis...).

Já chegaram os primeiros e-mails. Palavras de apoio, comentários, correções gramaticais e algumas sugestões sobre como aumentar o tamanho do meu pênis.

Já tenho até um comentário do Maurão lá no post original, que corrijo: minha angústia não está em escrever e não ser lido – minha angústia está em não escrever! A leitura é conseqüência.

Lembre-se que a diferença entre o escritor e o publicitário é que o publicitário se preocupa em dizer alguma coisa para os outros, já o escritor só se preocupa em dizer alguma coisa (já o publicitário que quer ser escritor provavelmente não sabe o que está fazendo). Como já diria Groucho Marx: por que se preocupar com a posteridade se ela não vai me trazer nenhum benefício?

O primeiro passo para retomar a popularidade do Ninguém Perguntou já foi dado. De novo. E, sim, é possível dar o primeiro passo mais de uma vez, mas só na literatura e nos relacionamentos.

Até o próximo post, seja lá quando ele acontecer.

Twain

A frase do post anterior não é de Charles Dickens, mas de Mark Twain que é, possivelmente, um dos maiores frasistas de todos os tempos ao lado de Groucho Marx e Oscar Wilde. O Lula também é muito bom de frases, mas por outros motivos.

Como é carnaval e ninguém tem tempo de ler muito, separo algumas das frases do Mark Twain pra você se distrair. Se você ler uma por dia, terei tempo de sobra até escrever alguma outra coisa por aqui.

Por trás da ironia e do sarcasmo, existe uma quantidade de realidade absurda por trás das máximas de Twain. Em suma, são brilhantes. E aqui vai uma regra para a leitura das frases de Twain: quanto mais você discordar do enunciado, mais ele se aplica a você.

"Quando em dúvida, fale a verdade."

"Tudo o que você precisa na vida é ignorância e confiança, e daí o sucesso é assegurado."

"A diferença entra a verdade e a ficção é que a ficção faz mais sentido."

"Prefiro o paraíso pelo clima, o inferno pela companhia."

"A única maneira de conservar a saúde é comer o que não se quer, beber o que não se gosta e fazer aquilo que se preferiria não fazer."

"A prosperidade é a mais certa fonte de insolência que conheço."

"A gente não se liberta de um hábito atirando-o pela janela: é preciso fazê-lo descer a escada, degrau por degrau."

"Em certas circunstâncias, um palavrão provoca um alívio inatingível até pela oração. "

"Não te separes das ilusões. Quando elas se forem, talvez continues a existir, mas é certo que já não viverás."

"Não existe nada mais chato do que duas pessoas que continuam falando quando você está interrompendo. "

"Seja virtuoso e serás excêntrico."

"A Bíblia nos ensina a amar o próximo e também a amar nossos inimigos provavelmente porque eles são, em geral, as mesmas pessoas. "

"Supor é bom - descobrir é melhor."

"Aos estudar as características e a índole dos animais, encontrei um resultado humilhante para mim."

"De todas as espécies a humana é a mais detestável. Pois o homem é o único ser que inflige dor sabendo que está causando dor."

"Descuida-se do traje, se quiseres, mas conserva limpa a alma."

"Em questões de Estado (e de poder), cuide das formalidades e pode esquecer as moralidades."

"Vivamos de tal forma que, quando morrermos, até o agente funerário sinta saudades."

"O homem é o único animal que se envergonha, ou melhor, que tem motivo para se envergonhar."

"São necessários o inimigo e o amigo juntos para ferir-te no coração."

"A melhor maneira de animar-se é animar todo o mundo ao seu redor."

"Quem só tem martelo pensa que tudo é prego."

"Primeiro apure os fatos. Depois, pode distorcê-los à vontade."

Reflexões acerca do Ninguém Perguntou

Me pergunto se ainda tem alguém que lê alguma coisa aqui no Ninguém Perguntou. Teve um tempo no qual isso aqui fervia de comentários. Todos do Fred e do Javier, claro, mas ainda assim, comentários suficientes para dar vida ao blog.

Naquela época as crônicas eram quase diárias e, só não eram diárias por absoluta falta de oportunidade, pois a cabeça fervia de idéias para escrever. Bons tempos, bons tempos.

Mas não vamos falar do passado, pois o danado é uma companhia traiçoeira. Ele tem um papo agradável e interessante, mas, quando você menos espera, ele se vai e te deixa sozinho, normalmente em um lugar do qual você não sabe voltar. No passado está tudo o que você quer e nada do que você precisa e, por isso, é muito agradável nas férias, mas não é aconselhável morar lá. Olhemos para frente, então, para o futuro do Ninguém Perguntou.

Bem, se um dia eu parar de escrever é porque estarei morto. E caso haja uma caneta ou teclado no além, possivelmente continuarei a escrever por lá. Se houver conexão de internet, continuarei postando aqui no site também (se eu for para o inferno será mais fácil, pois tenho certeza de que o Diabo participa de várias comunidades do Orkut).

Porém, não posso me comprometer em postar com a mesma freqüência de antes (a qualidade contudo dever permanecer a mesma: ruim). Os motivos são muitos, e vão desde coisas mundanas como o foco em outras coisas até um inesperado ataque de uma matilha de lobos (em pele de cordeiro, claro).

Mas, na verdade, existe um motivo mais forte que os demais que eu, obviamente, não direi qual é, pois a verdade é chata, desinteressante e não tem nada a ver com o que escrevo nesse site. A não ser, é claro, quando a carapuça serve – mas aí a culpa não é minha.

Essa é a tricentésima nonagésima sétima crônica do Ninguém Perguntou. Se não parei de escrever até agora, acho que não paro mais. Enfim, como diria Charles Dickens: os boatos sobre a morte do Ninguém Perguntou foram um tanto exagerados.

Ah... Nada como uma citação errada pra ir retomando a velha forma...