sábado, 21 de fevereiro de 2009

Reflexões acerca do Ninguém Perguntou

Me pergunto se ainda tem alguém que lê alguma coisa aqui no Ninguém Perguntou. Teve um tempo no qual isso aqui fervia de comentários. Todos do Fred e do Javier, claro, mas ainda assim, comentários suficientes para dar vida ao blog.

Naquela época as crônicas eram quase diárias e, só não eram diárias por absoluta falta de oportunidade, pois a cabeça fervia de idéias para escrever. Bons tempos, bons tempos.

Mas não vamos falar do passado, pois o danado é uma companhia traiçoeira. Ele tem um papo agradável e interessante, mas, quando você menos espera, ele se vai e te deixa sozinho, normalmente em um lugar do qual você não sabe voltar. No passado está tudo o que você quer e nada do que você precisa e, por isso, é muito agradável nas férias, mas não é aconselhável morar lá. Olhemos para frente, então, para o futuro do Ninguém Perguntou.

Bem, se um dia eu parar de escrever é porque estarei morto. E caso haja uma caneta ou teclado no além, possivelmente continuarei a escrever por lá. Se houver conexão de internet, continuarei postando aqui no site também (se eu for para o inferno será mais fácil, pois tenho certeza de que o Diabo participa de várias comunidades do Orkut).

Porém, não posso me comprometer em postar com a mesma freqüência de antes (a qualidade contudo dever permanecer a mesma: ruim). Os motivos são muitos, e vão desde coisas mundanas como o foco em outras coisas até um inesperado ataque de uma matilha de lobos (em pele de cordeiro, claro).

Mas, na verdade, existe um motivo mais forte que os demais que eu, obviamente, não direi qual é, pois a verdade é chata, desinteressante e não tem nada a ver com o que escrevo nesse site. A não ser, é claro, quando a carapuça serve – mas aí a culpa não é minha.

Essa é a tricentésima nonagésima sétima crônica do Ninguém Perguntou. Se não parei de escrever até agora, acho que não paro mais. Enfim, como diria Charles Dickens: os boatos sobre a morte do Ninguém Perguntou foram um tanto exagerados.

Ah... Nada como uma citação errada pra ir retomando a velha forma...

2 comentários:

  1. Sei bem o que é isso: escrever e não ser lido. Força aí, brother. Estou anotando o seu feed. Só náo sou de fazer comentários.

    ResponderExcluir
  2. Por sinal, há uma maioria silenciosa que não participa ativamente de nada, mas presta uma atenção... Acho que por isso mesmo que costumo colocar um gadget de audiência em todo blog/site que me encomendam, ao menos o autor tem a real consciência de estar sendo seguido ou não... Milton

    ResponderExcluir