sexta-feira, 24 de agosto de 2007

A Volta do Ninguém Perguntou

Acabou a minha missão no estrangeiro. As coisas não foram fáceis por lá e descobri que ser espião não é fácil. Como todos sabem (se não sabiam leiam até o final da frase e depois a leiam de novo, aí a frase fica correta), minha missão incluía uma breve passagem por Miami e uma série de outras atividades em Orlando, a ratolândia.

A primeira barreira foi a língua. Meu inglês é bom, mas não adianta nada saber falar inglês em um lugar onde só se fala espanhol. Meu primeiro relatório para o serviço de inteligência brasileiro, escrito em letras grandes e com palavras fáceis, já que o nosso serviço de inteligência tem o QI muito baixo, foi explicando que a invasão aos Estados Unidos já havia começado. É claro que o domínio dos latinos ainda está limitado aos sub-serviços, mas já não há mais volta no processo de latinização do litoral sul dos EUA. Viva la revolución!

O resto é mais ou menos o que eu esperava: segregação racial, muitos gordos, mickeys e patetas (inclusive eu). E, claro, muita diversão.

O Ninguém Perguntou está de volta. Eu, ainda não. Permaneço incógnito e escondido. É preciso ter muito cuidado quando se pões os pés no Brasil. A vida de espião internacional é difícil, mas a de brasileiro é muito pior.

    

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