terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Bruna Surfistinha - O filme


Ô filme ruim da porra.

O troço é uma história filmada, não exatamente um filme. A edição é triste, a fotografia é pobre, os atores parecem meio perdidos, sem direção. Mas o pior é que o filme não tem timing, não tem clima nenhum.

O único apelo é a Debora Seco pelada fazendo umas sacanagens. Nada contra sacanagem e nada contra a Debora Seco pelada, mas é pouco.

É pouco porque o personagem da Raquel é interessante. Tive a oportunidade de conhecê-la pessoalmente – por conta da minha profissão, não da dela, e ela é uma pessoa bem vibrante com um ótimo astral, que a Debora não consegue alcançar no filme, que é muito deprê a maior parte do tempo.

Entendo que a ideia é mostrar que a vida dela não foi fácil e tal, mas você precisa alternar o tom senão as coisas ruins perdem o impacto. A não ser que seja um filme completamente “tô na merda” como Despedida em Las Vegas, o que não é o caso.

O livro é mais alto astral que o filme e tem o mesmo foco na sacanagem. Tem partes no livro que entregam toda a dificuldade que a menina passou, mas a coisa toda é mais equilibrada e o livro nem é lá essas coisas.

Sei que a Raquel gostou do resultado do filme, mas é preciso colocar as coisas em perspectiva aqui. Eu também acharia do caralho se a Debora Seco interpretasse minha biografia, mesmo que para isso ela tivesse que engordar uns 60 quilos e raspar a cabeça, mas não estamos falando de realização pessoal e sim de cinema.

Como cinema, Bruna Surfistinha é ruim demais. Como um marco na vida da ex garota de programa é a prova de que a Raquel transformou sua história de vida em sucesso.

Mas não assista, não, porque não vale nem pela curiosidade.

O poster do filme parecendo o Expresso para o Inferno...

... e a capa do livro. A diferença de tom é óbvia. Sensualidade primeiro, realidade depois. Foi assim que a mulher ficou famosa.

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