Ô filme ruim da porra.
O troço é uma história filmada, não exatamente um filme. A
edição é triste, a fotografia é pobre, os atores parecem meio perdidos, sem
direção. Mas o pior é que o filme não tem timing, não tem clima nenhum.
O único apelo é a Debora Seco pelada fazendo umas
sacanagens. Nada contra sacanagem e nada contra a Debora Seco pelada, mas é
pouco.
É pouco porque o personagem da Raquel é interessante. Tive a
oportunidade de conhecê-la pessoalmente – por conta da minha profissão, não da dela,
e ela é uma pessoa bem vibrante com um ótimo astral, que a Debora não consegue
alcançar no filme, que é muito deprê a maior parte do tempo.
Entendo que a ideia é mostrar que a vida dela não foi fácil
e tal, mas você precisa alternar o tom senão as coisas ruins perdem o impacto.
A não ser que seja um filme completamente “tô na merda” como Despedida em Las
Vegas, o que não é o caso.
O livro é mais alto astral que o filme e tem o mesmo foco na
sacanagem. Tem partes no livro que entregam toda a dificuldade que a menina
passou, mas a coisa toda é mais equilibrada e o livro nem é lá essas coisas.
Sei que a Raquel gostou do resultado do filme, mas é preciso
colocar as coisas em perspectiva aqui. Eu também acharia do caralho se a Debora
Seco interpretasse minha biografia, mesmo que para isso ela tivesse que
engordar uns 60 quilos e raspar a cabeça, mas não estamos falando de realização
pessoal e sim de cinema.
Como cinema, Bruna Surfistinha é ruim demais. Como um marco
na vida da ex garota de programa é a prova de que a Raquel transformou sua
história de vida em sucesso.
Mas não assista, não, porque não vale nem pela curiosidade.
O poster do filme parecendo o Expresso para o Inferno... |
... e a capa do livro. A diferença de tom é óbvia. Sensualidade primeiro, realidade depois. Foi assim que a mulher ficou famosa. |
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