quinta-feira, 28 de dezembro de 2006

Retrospectiva 2006

Não falarei das minhas realizações pessoais, que não foram muitas, mas valeram a pena – e dariam até um bom registro. Só que isso aqui não é meu diário. Trata-se de um site sério e tão confiável e imparcial quanto a Istoé (talvez até mais confiável, já que a Istoé elegeu Lula o homem do ano). Portanto, essa é uma retrospectiva que fala do que é acessível a todos, apareceu na mídia e circulou pelos e-mails, praticamente igual às milhares de retrospectivas que os veículos de comunicação farão. A única diferença é que a comissão julgadora desta retrospectiva é composta apenas por mim e meu alter ego, o Alceu.

O Homem do Ano: Empate entre Maria Bethânia e Mick Jagger, dois dinossauros que conseguiram se destacar no cenário musical, desbancando muita gente mais nova. Jagger comandou o show do ano no início de 2006 e, agora no final do ano, Bethânia lança um disco que é sucesso de crítica e de vendas. É a força da terceira idade.

A Mulher do Ano: Empate entre Daniela Cicarelli e Juliana Paes. As duas mostraram a perereca, o que é sempre um bônus em minha humilde opinião, mas, convenhamos, teve muito mais gente mostrando a perereca neste ano. Mas as duas, sem dúvida, foram as que mais propagaram o way of life da mulher gostosa, exibida e doida para dar, o que é sempre um bônus na minha humilde opinião.

O Gibi do Ano: Os Supremos só não leva o título porque desapareceu alguns meses das bancas. Crise de Identidade, da DC fica com as honras. Tá certo que a minissérie começou em 2005, mas sua conclusão apoteótica só rolou neste ano. Sensacional a cena do Batman tentando chegar a tempo de evitar a morte do pai do Robin, ouvindo pelo rádio tudo o que o assassino estava fazendo.

O Livro do Ano: Neste ano não li nenhum lançamento, preferindo revisitar os clássicos, como o Manual do Sexo Manual, do Casseta e Planeta.

O Fracassado do Ano: Carlos Alberto Parreira. Conseguiu montar um time que jogava mal até quando ganhava. Saiu com o rabo entre as pernas da Copa e ainda por cima pagou o mico de publicar o livro “Formando Equipes Vencedoras”.

O Pior Filme: Superman – O Retorno. Não deveria ter voltado.

O Melhor Filme: 007 Cassino Royale. Só a cena da tortura já vale o ingresso – e o resto do filme também não é nada mal. Um James Bond meio troglodita, diálogos espirituosos e cenas de ação bem dirigidas resultaram em uma combinação interessante. Em segundo lugar, próximo: Tudo Dentro 4, com destaque para a cena de sexo grupal em gravidade zero - você não pode morrer sem antes ver isso, é genial!

O Melhor Desenho Animado: Os Supremos 2. Mas precisa ver o primeiro para entender a história.

A Melhor Música: As melhores músicas deste ano foram todas regravações, como provaram os Homens do Ano lá em cima e todo o clima revival dos anos 80, que seguiu com força total em 2006 e não parece que vai parar tão cedo.

O Melhor Ator de Novelas da Globo: qualquer coadjuvante. Nesse caso, o melhor é quem fala menos e aparece menos.

O Programa de Ficção do Ano: Jornal Nacional.

O Game do Ano: Oblivion. É praticamente uma overdose de tecnologia e diversão. Um jogo no qual você pode colher flores, apreciar o pôr-do-sol e jogar mortos-vivos morro abaixo é digno de minha admiração.

A Revista de Mulher Pelada do Ano: a Playboy se redimiu no fim do ano, com a Karina Bacchi e a edição de verão, mas vou ficar com a opção virtual Morango, do IG, que é bastante variada, sensual e dá para ver em qualquer lugar, inclusive no trabalho. Basta minimizar quando o chefe estiver por perto.

A Mania do Ano: YouTube. Tão interessante quanto deprimente, o YouTube dominou os monitores da galera. Quem não acessou que atire a primeira pedra.

O Homem de Negócios do Ano: os coreanos que controlam a pirataria mundial. Só no Brasil, a indústria alternativa movimentou mais de um bilhão de reais – e tem gente que tem coragem de dizer que a economia nacional não anda aquecida. No ano que vem, analistas prevêem ainda mais oportunidades para quem utiliza mão-de-obra sem carteira assinada e notas fiscais frias.

O Seriado Americano do Ano: Para mim, o maior mistério do Lost é o sucesso do seriado. Achei a série viajandona pelo prazer de ser viajandona. O prêmio vai para 24 Horas. Descobri o seriado neste ano e consegui assistir a todas as cinco temporadas (120 horas) em cerca de seis meses. Destaque para o Jack Bauer atirando na Nina, o Jack Bauer interrogando a Nina, o Jack Bauer torturando a Nina e o Jack Bauer matando a Nina. Fora essas cenas, achei interessante também as vezes em que a Nina sacaneou o Jack Bauer.

A Imagem do Ano: Páreo duro. Tivemos os dólares do PT, a trepada da Daniela Cicarelli, o acidente da Gol e um sem-número de tragédias e mazelas diversas. Nada me marcou tanto quanto o olhar de fascinação da minha filha no dia de seu aniversário de três anos. Sei muito bem que prometi não incluir nada pessoal nessa retrospectiva, mas quem presenciou o fato concorda que ele tem todo o direito de ser mencionado aqui.

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