terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

O Time dos Sonhos

Depois de assistir a vários filmes de Hollywood e a dezenas de seriados americanos, desenvolvi uma teoria que, salvo um infortunado erro de cálculo, pode ser a salvação do Brasil.
Para o país ir para frente, tudo que precisamos é juntar um punhado (cinco ou seis) de pessoas honestas, motivadas, altamente qualificadas e determinadas em posições-chave em todo o território nacional.
Imagine um grupo de amigos, dois senadores e três deputados, incorruptíveis, com amplo conhecimento jurídico, absolutamente determinados a expor toda a sujeira do congresso e a propor leis modernas, revolucionárias e claras em seu enunciado. Um deles colecionaria selos, outro tocaria trompete e uma deputada, a mais nova do grupo, seria bonita, gostosa, usaria sempre roupas que desafiariam o decoro parlamentar e teria, obviamente, doutorado em análise comportamental.
Ou uma delegacia de polícia com uma equipe que preza a ética acima de tudo, de moral inabalável e ótimo senso de humor. O delegado gordo seria sempre brilhante e com uma carreira política em ascensão e os investigadores estariam munidos da mais sofisticada tecnologia forense e, ainda por cima, saberiam como usá-la. Um dos membros da equipe, descendente de italiano, ficaria famoso por seu temperamento explosivo, seu senso de justiça e sua empatia com as vítimas.
Ou... Você pegou a idéia. Minha tese é a de que essas combinações parecem funcionar na ficção porque funcionariam muito bem na realidade. Tenho a prova – ou quase.
Trabalho em um local que, em alguns momentos chega bem próximo disso. O Programa Nacional de Aids do Brasil chegou a ser reconhecido como o melhor do mundo e, volta e meia, produz resultados interessantes, cutucando um pouco a sociedade e seus mecanismos internos. E, conhecendo o Programa por dentro, sei de histórias e personagens que não ficariam devendo a nenhum seriado americano.
Deve haver outros exemplos, dentro e fora do governo, mas vou falar só do que conheço, pois não quero acusar ninguém de eficiência injustamente. Todo cuidado é pouco, pois, do jeito que as coisas andam por aqui, ser eficiente deve ser crime dos mais graves.

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