quinta-feira, 10 de maio de 2007

Sinceridade, honestidade e outras maluquices

Volta e meia vejo alguém se gabando de sua honestidade, de sua espontaneidade ou de sua sinceridade. Pessoas que se orgulham de falar o que pensam. Pois bem, minha opinião é a seguinte: quem fala tudo o que pensa é louco.

Pensamos o tempo todo e o pensamento é caótico, por mais lógico e linear que possa parecer de vez em quando. O pensamento é um processo que nos leva a conclusões. Falar antes de chegar a uma conclusão é, no mínimo, desaconselhável e já vi muita gente se arrepender do que está falando no meio do discurso, quando já é meio tarde e o palavrão já está formado.

Essa pseudo-sinceridade também virou desculpa para grosserias, ofensas, humilhações, demonstrações de pedantismo e mal-educação em geral.

— Mas é verdade, ela parecia uma pamonha com aquele vestido amarelo de laço verde na cintura!

Nada mais perverso que usar uma virtude pra justificar uma sacanagem.

Enfim, a honestidade, a sinceridade e outras palavras aparentadas são importantes – mas sem exageros.

2 comentários:

  1. É a mais pura verdade...
    Abraço,

    André.

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  2. Para você não dizer que eu falo mal o tempo todo: achei bom o comentário, mas é que eu sempre falo a verdade!

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