De uns tempos pra cá comecei a gostar de biscoitos de água. Você sabe qual é, aquele biscoito insosso feito de farinha e, bem, água. E veja que não falo da versão melhorada do biscoito, que normalmente vem acompanhada de patês, cremes, pastas ou manteiga, nada disso. É só o biscoito de água e pronto.
O que, obviamente, não é normal.
Você pode tolerar o biscoito de água, você pode aceitar o biscoito de água. Mas gostar do biscoito de água? Esse biscoito não foi feito para ser apreciado – ele é apenas uma alternativa para quem está de dieta não morrer de fome, ou para quem está se recuperando de uma intoxicação alimentar. Ele é um pária entre as bolachas. Nem a mãe do biscoito de água gosta do biscoito de água.
Sabendo que algo estava errado comigo, fiz o que qualquer pessoa sã faria: procurei o psicólogo, descartei tudo o que ele me disse e cheguei a uma conclusão sozinho, no meio da noite, depois de navegar horas na internete. Estou sofrendo de síndrome de Estocolmo.
A dieta é exatamente como um seqüestro: nos dois casos você é obrigado a seguir regras restritas contra a sua vontade. Em ambos os casos, quanto mais você colaborar, maiores são suas chances de se ver livre das privações, do estresse e da tortura psicológica e na dieta, assim como no seqüestro, nem tudo sai como planejado no final.
A Síndrome de Estocolmo acontece quando o seqüestrado se afeiçoa ao seqüestrador. Às vezes até se apaixona. Privado do contato com outros seres humanos e sob tremenda pressão, cria-se um relacionamento deturpado e distorcido entre o vilão e a vítima. E esta é exatamente a minha relação com o biscoito de água.
Em dieta e com fome, ele é o único a quem posso recorrer. A salada e a gelatina são sempre profissionais, frias e distantes: vemos-nos no almoço e na sobremesa. Ponto.
Mas o biscoito de água fica por aí, sempre disponível e solícito, o bastardo. O que ele me dá é muito pouco: uma massa farinhenta grudada no dente e um peso no estômago desproporcional ao tamanho do biscoito, mas é tudo que tenho.
OK, não tenho mais alternativa. Para situações desesperadoras, medidas desesperadas: sábado que vem vou na churrascaria rodízio!
O que, obviamente, não é normal.
Você pode tolerar o biscoito de água, você pode aceitar o biscoito de água. Mas gostar do biscoito de água? Esse biscoito não foi feito para ser apreciado – ele é apenas uma alternativa para quem está de dieta não morrer de fome, ou para quem está se recuperando de uma intoxicação alimentar. Ele é um pária entre as bolachas. Nem a mãe do biscoito de água gosta do biscoito de água.
Sabendo que algo estava errado comigo, fiz o que qualquer pessoa sã faria: procurei o psicólogo, descartei tudo o que ele me disse e cheguei a uma conclusão sozinho, no meio da noite, depois de navegar horas na internete. Estou sofrendo de síndrome de Estocolmo.
A dieta é exatamente como um seqüestro: nos dois casos você é obrigado a seguir regras restritas contra a sua vontade. Em ambos os casos, quanto mais você colaborar, maiores são suas chances de se ver livre das privações, do estresse e da tortura psicológica e na dieta, assim como no seqüestro, nem tudo sai como planejado no final.
A Síndrome de Estocolmo acontece quando o seqüestrado se afeiçoa ao seqüestrador. Às vezes até se apaixona. Privado do contato com outros seres humanos e sob tremenda pressão, cria-se um relacionamento deturpado e distorcido entre o vilão e a vítima. E esta é exatamente a minha relação com o biscoito de água.
Em dieta e com fome, ele é o único a quem posso recorrer. A salada e a gelatina são sempre profissionais, frias e distantes: vemos-nos no almoço e na sobremesa. Ponto.
Mas o biscoito de água fica por aí, sempre disponível e solícito, o bastardo. O que ele me dá é muito pouco: uma massa farinhenta grudada no dente e um peso no estômago desproporcional ao tamanho do biscoito, mas é tudo que tenho.
OK, não tenho mais alternativa. Para situações desesperadoras, medidas desesperadas: sábado que vem vou na churrascaria rodízio!
eu tb adoro um bisocito de água e ainda jogo água por cima dele, prá dar aqula sensação de estomago enchendo.
ResponderExcluirE não tem nada mais chique do que ter uma síndrome com um nome espetaculoso desse. Viva Estocolomo!
Cara, se é pra ter um amigo que tenha "Síndrome de Estocolmo" e que isso esteja relacionado a biscoito de água e sal, é você mesmo!... Eu tenho algo parecido, mas é com chocolate meio-amargo... Milton
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