Dia desses descobri que, surpreendentemente (pelo menos pra mim), vários pilotos kamikazes que chegaram a atuar em missões, sobreviveram. O motivo é que os generais japoneses permitiam que o piloto abortasse a missão em dois casos: se não houvesse nenhum alvo razoável para ser atingido ou se o avião apresentasse problemas técnicos.
A primeira situação é meio óbvia e bastante prática e razoável, mas o segundo motivo é um exemplo magnífico do incrível senso de honra japonês, que vem se diluindo ao longo dos anos.
Ora, se o avião está mal, porque não tentar despencar com o avião em cima do alvo a todo custo? Se errar, pelo menos o cara tentou, certo? Se ele já ia morrer mesmo...
Acontece que, para os japoneses, era fundamental que a missão kamikaze fosse um sucesso. Se o piloto fosse perder a vida, essa atitude não poderia ser em vão. A vida era algo muito precioso para ser desperdiçada em uma tentativa que poderia ser frustrada porque o sistema de navegação não estava cem por cento.
A morte é inevitável, mas não precisa ser sem significado.
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