sexta-feira, 17 de março de 2006

Preso ladrão de Cuecas - Notícia do Globo de 17/03

A vida real é muito mais estranha que qualquer ficção. Vejam este caso: um assaltante, um tal de Edmilson, invade uma casa no Rio de Janeiro e é capturado pelo morador. No bolso do ladrão, duas cuecas infantis.
A polícia, ao prender o sujeito, informa que acredita ter finalmente capturado o misterioso ladrão que, além de dinheiro e eletrodomésticos, roubava também as cuecas de suas vítimas. Ultimamente, vários furtos na vizinhança haviam tido essa característica: iam-se os bens e as cuecas.
Não acabou. O meliante tinha dois cúmplices, que não conseguiram ajudar o companheiro pervertido pelo simples fato de que sequer sabiam que ele havia sido capturado pelo morador. O seqüestrador de cuecas não clamou por ajuda porque é mudo. Isso mesmo. Trata-se de um mudo, tarado e criminoso, não necessariamente nesta ordem.
Tarado, sim, pois se fosse simplesmente falta de dinheiro para cuecas, porque não levar também blusas, calças, meias, perfumes e as escovas de dentes das vítimas?
O que não foi divulgado, para não alarmar a população, é que os cúmplices foragidos também têm lá suas manias. Além das cuecas, foi observado também o desaparecimento de comida para cachorro e palitos de dente, indícios fortes de que os demais criminosos se tratam de Inácio Cabecinha e Ramiro Pedrosa, o Coruja. O primeiro, maneta perigosíssimo por ter adaptado peixeiras aos seus cotocos e o segundo, cego de nascença e meio devagar das idéias, também é perigoso, pois está sempre armado e não sabe pra onde está indo, pra onde está mirando e nem o que está acontecendo.
E é o mesmo mundo no qual você vive, leitor. O mesmíssimo.

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