quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Cara de bandido

Andando hoje pela manhã no calçadão do Rio de Janeiro, inventei um novo teste de caráter. O teste tem o selo de qualidade do Ninguém Perguntou, o que quer dizer que é totalmente impreciso e, na verdade, não teste ao caráter de ninguém.
Metodologia:
Enquanto andava, ia olhando para a cara das pessoas e mentalmente separando-as entre mocinhos e bandidos, usando a seguinte lógica: se eu estivesse escolhendo o elenco para um filme de ação, qual seria o papel dessa pessoa?
Resultado:
. Dezenas de capangas (motoristas, mordomos e buchas de canhão dos vilões);
. Vários bons vilões secundários (aqueles que morrem no meio da história e tem mais de um parágrafo de fala);
. 4 vilões principais (incluindo uma mulher que, garantido, vai me dar pesadelos essa noite);
. 2 anti-heróis (poderiam estar no papel de mocinhos, mas teriam um passado marcado por algo ilícito ou uma personalidade conturbada);
. Nenhum mocinho. Como o teste só foi conduzido no Rio, não sei se é uma característica da cidade ou do estado das coisas no geral, mas acho que é um pouco dos dois. O Rio é uma mistura de cidade grande, zona de guerra e praia que não pode dar em gente muito pacífica. Além disso, a malandragem do carioca não ajuda e, muitas vezes, transparece no físico (veja Romário e Zeca Pagodinho).
. Várias mocinhas bem interessantes, desde que não tivessem muitos diálogos no filme (nesse aspecto, o Rio de Janeiro continua lindo).

Já mandei o estudo para algumas revistas científicas, mas até agora nenhuma deu retorno.

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