quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Novidades

Coleciono vícios. Gosto de tudo que é criativo, estimula o cérebro e é capaz de me surpreender. Os vícios tradicionais de bebida e cigarro obviamente não se encaixam nessas categorias. Mas filmes, jogos eletrônicos, livros e quadrinhos, sim. Recentemente, adicionei um novo item a essa lista: jogos de tabuleiro.

Não sou o único. Minha esposa, minha sogra, meu cunhado e alguns amigos já se renderam aos prazeres de Puerto Rico, Carcassone, Last Night On Earth, Settlers of Catan, Saint Petesburg e outros. Administrar recursos, blefar, negociar, pensar taticamente e estrategicamente ou, simplesmente, rolar um punhado de dados e torcer pelo melhor resultado. Pelo menos uma vez por semana tenho me entregado despudoradamente a esse novo vício. E tem sido tão divertido que me pergunto se não seria uma virtude.

Se você quiser se juntar ao grupo, será bem-vindo, mas é importante que você saiba que jogos de tabuleiro podem ser extremamente perigosos se não forem manuseados com cuidado, especialmente com grupos grandes com pessoas de personalidades diferentes. No nosso grupo, estabelecemos algumas regras para garantir que tudo corra bem:

1. Todo mundo de roupa o tempo todo. Os jogos são às quintas e as orgias, às sextas. Tem gente que vive se confundindo (e eu desconfio que é de propósito).

2. Nada de comidas gordurosas para não ensebar as peças do jogo. Isso inclui não botar as peças do jogo na boca enquanto espera seu turno.

3. Nada de drogas que alteram comportamento. Você não quer ver um bêbado tentando alinhar seus trenzinhos em uma rota de Ticket to Ride.

4. Nada de animais silvestres (por mim, tudo bem, mas meu condomínio é meio careta).

5. Sem ofensas verbais que envolvam a mãe. A não ser que a mãe também esteja jogando.

6. Sim, eu sei que o jogo é interessante e diferente, mas não adianta pedir que não empresto.

Até agora as noites de jogos tem sido relativamente tranqüilas, apenas com um caso de hospitalização. Em todo caso, a pessoa que se feriu até já voltou a freqüentar o grupo, tomando o cuidado de nunca sentar de costas para a porta, claro.

2 comentários:

  1. As vezes acho que comento demais. Mas não resisto a mais um: se te da prazer, com toda certeza é vicio mesmo.

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  2. Tem razão. Virtude normalmente traz sofrimento.

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