sábado, 24 de novembro de 2007

Nada de novo

Sexo é coisa de velho. É, provavelmente, mais velho que andar para a frente, literalmente. Os primeiros seres vivos devem ter feito muita sacanagem no caldo primordial antes de desenvolverem pseudópodos e, por fim, pés.

Você se acha muito ousado com sua fantasia de Capitão Nascimento? Pois vou te contar uma coisa: só Deus sabe o que seu bisavô fazia vestido de Vigilante Rodoviário. Não tem nada que você pense em fazer na cama (ou em público, se lhe convém) que alguém mais velho já não tenha feito.

Escatologia, pansexualismo, troca de casais. Já foi feito, já foi feito e já foi feito. Alguns imperadores romanos ficariam entediados com as festinhas da zona sul do Rio de Janeiro.

— Mas, Calígula, já está todo mundo nu, o queijo já está derretido e os vídeos caseiros da Pamela Anderson já estão no telão... E você aqui na sacada, olhando o movimento dos carros lá fora?

Tudo aquilo era muito bom, mas onde estavam as cabras? Calígula soltaria um longo suspiro antes de entrar, com saudades dos bons e velhos tempos.

Sexo é uma coisa antiquada, já repetida à exaustão, cuja originalidade já se exauriu há muito tempo. Mas talvez seja a evidência mais marcante de que tudo que é bom mesmo nunca sai de moda.

3 comentários:

  1. adorei a reflexão! adorei o blog! valeu pela visita

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  2. Olha só. Você começou. Sexo para os meus avós era papai e mamai. Não tem nada de sexo oral. Uma vez minha avó disse para a minha mãe: "eu não entendo, por que é que tanto se fala em sexo oral... Sexo oral não é falar de sexo???". Ao que a minha mãe explicou o que era e ela soltou um ECA!!! Maior do que todas as tuas fantasias sexuais juntas. Sexo pode ser selvagem, mas meu avô praticamente fazia isso sem tirar a roupa e sem ligar as fantasias.

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  3. Mas aí a questão tem mais a ver com o seu avô e a sua avó do que com o sexo propriamente dito. Tenho quase certeza de que o sexo oral está em circulação já tem um tempo...

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