sábado, 24 de novembro de 2007

O Ninguém Perguntou e o sexo

Por força das circunstâncias - e poucas coisas são mais fortes que as circunstâncias - encontrei a Gisela Rao esses dias. Escritora e presença marcante na Internet, Gisela mostrou-se super simpática pessoalmente, o que me levou a tomar uma atitude meio tiete, que não costumo ter: pedi para que ela visitasse meu blog, desse uma lida e depois ainda fizesse um comentário, desse uns toques, algo assim. Ei, não me olhe desse jeito. Todos temos nossos momentos de fraqueza.

Na esperança de que ela aceitasse o convite, resolvi dar uma olhada um pouco mais crítica no blog. Vocês sabem: arrumar a casa para uma visita importante. E a primeira coisa que me ocorreu é que faz tempo que não falo de sexo por aqui. Deve ter uma ou outra crônica mais abusada em algum lugar nos arquivos, mas nada recente, o que poderia ser um problema.

Por quê? Ora, a Gisela é especialista em falar sobre sexo (quase escrevi especialista em sexo, mas isso poderia gerar todo tipo de mal-entendido e eu ainda estou devendo uma boa explicação para minha esposa sobre aquela história de suruba às sextas-feiras) e ela chegou a me perguntar se tinha sexo no blog. Eu respondi que sim, claro, e agora vou ter que me virar em sacanagem.

Só que aconteceu o seguinte: me deu um branco. Nenhum pensamento libidinoso, nenhuma perversãozinha, nem uma punhetinha. Nada. De repente, foi como se eu tivesse passado os últimos anos em um mosteiro... Não, comparação errada. Se eu tivesse ficado os últimos anos num mosteiro, não conseguiria pensar em outra coisa que não fosse sexo. Foi como se eu tivesse passado os últimos meses em total libertinagem, zerando o Kama Sutra em orgias intermináveis. Ou seja, sexo agora, nem em pensamento.

Forcei a barra e a coisa mais erótica que me veio à cabeça foi um tabuleiro de xadrez. Você sabe, aquela história de todo mundo comendo todo mundo, o peão comendo a rainha só pra traçar o rei mais tarde, bestialismo (os cavalos) e até a confusão com o clero. Só a presença da torre fica mal explicada, mas essa coisa de castelo medieval dá um ar meio sado-masô pro negócio. E quer coisa mais fálica que uma torre?

Mas a analogia do sexo com xadrez é velha, assim como é velha a analogia do sexo com o futebol (entrou com bola e tudo; homem que vem de trás), com a culinária (mexa devagar, com movimentos circulares e constantes), enfim, com a vida (é muito legal, pena que acaba rápido).

É, não vai dar. Simplesmente sentar na frente do computador para escrever sobre sexo não vai rolar. Tá faltando, sei lá, inspiração. Faz o seguinte, Gisela, vai dando uma lida nas outras coisas por aí, que eu vou ali dar uma rapidinha e já volto.

Um comentário:

  1. Ahahaha. Pior quando dá branco, alí, na hora H. Adorei. Beijos e su-sexo!

    Gisela Rao

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