segunda-feira, 10 de março de 2008

Material girls

Ok, se vocês espalharem por aí que fui eu quem escreveu o que vou dizer a seguir, eu desminto. Lá vai:

Não vejo problema nenhum na objetificação da mulher. Veja bem, não é tratar a mulher como se fosse uma lamparina, mas como se fosse um objeto de desejo, mesmo. Um muito próprio, sem substitutos. Tratar a mulher, como, hm, como é mesmo o nome? Ah, sim! Tratar a mulher como mulher. Como um exemplar do sexo oposto que é cobiçado e desejado.

Também não tenho nada contra a objetificação do homem e, para mim, acho que todo mundo adoraria ser objetificado, mas nem todo mundo é bonito o suficiente.

Atrair olhares na rua, deixar uma pessoa sem fala e ser o tema das conversas depois de ter saído da sala é algo para poucos. Tá, eu sei que você pode conseguir o mesmo resultado pendurando um abacaxi no pescoço, mas você sabe que não é esse tipo de atenção que está em pauta aqui, não seja engraçadinho.

Reclamamos do padrão de beleza estabelecido pela novela, mas tô pra ver alguém reclamar quando aquela beleza de padrão resolve dar mole.

— Tá vendo aquela loura, de olhos azuis, corpo monumental, roupinha minúscula, boca carnuda e seios literalmente esculpidos à mão?

— Aquela que está te encarando e piscando pra você?

— Essa mesma. Será que ela não se tocou que eu não vou ficar com ela?

— Mas por que não?

— Muito estereotipada. É a típica loura da propaganda de cerveja.

E é claro que você até encontra gente que repete a frase aí de cima. A única diferença é esse cara nunca teve uma loura dessas dando em cima. Ou teve tantas que enjoou. Ou tá tirando onda e vai pegar o telefone da loura depois que você for embora.

Só tem mesmo um único tipo de pessoa que não cai nas garras da mulher-objeto: eu, que sou casado e fiel à minha esposa, que lê o meu blog todo dia. Até porque ela própria é um belo exemplar de mulher-objeto, que eu não vendo, não empresto e não troco.

Feministas, favor mandar as cartas de reclamação para o Diogo Mainardi, na redação da Veja. Ele falou que lê tudo o que escrevem pra ele.

Um comentário:

  1. Você pode até não acreditar, mas aquela loira pode piscar até cair as palpebras que eu não dou a menor bola!
    hehehe
    Fred.

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