domingo, 7 de outubro de 2007

Aparências

Na prática, coincidência e destino são a mesma coisa. Sendo assim, por coincidência ou destino, a ética (ou a falta dela) acabou estando muito presente em minha vida nos últimos meses: de um livro meu publicado sem minha autorização até uma possível campanha de publicidade que tive a oportunidade de discutir. O tema voltou a chamar minha atenção hoje quando, ao ler o jornal, dei de cara com a declaração da senadora escolhida para ser relatora na CPI das ONGs.

O nome dela me fugiu agora, mas a declaração dela me marcou: "A ética não pode ser o centro de tudo". Tudo indica que ela mantém ou manteve relações com uma das ONGs arroladas na CPI e, apesar de identificar um conflito ético na questão, isso não parece ser motivo suficiente para desqualificá-la como relatora. Pelo menos, não na visão da própria senadora.

Não vou entrar em detalhes nas outras discussões éticas que citei no primeiro parágrafo. As histórias são boas, mas mais adequadas para um bate-papo em uma mesa de bar que para o Ninguém Perguntou. O que me chamou atenção é que tenho tido a impressão de que o meu conceito de ética não é muito popular e não bate com o conceito de muita gente por aí.

Qual é minha referência para ética? É mais ou menos a seguinte: se uma atitude parece ser errada é porque provavelmente é mesmo.

Mas o mundo é mais complicado que isso e as pessoas, mais complicadas que o mundo.

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