quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Eu e o Rio.

Em ordem cronológica, veja mais ou menos o que aconteceu comigo nas últimas vezes em que estive no Rio de Janeiro:
- Andei em um táxi com um motorista psicótico;
- Fui assaltado, com direito a ter um tiro disparado em minha direção.
- Dormi em um motel. Sozinho – o que torna a situação ainda mais deprimente (longa história). E esperei oito horas no aeroporto para voltar para casa.
- Aconteceu uma das maiores chuvas da história do Rio de Janeiro. Atente para o fato de que não foi simplesmente uma chuva forte. Vale repetir: uma das maiores chuvas da história do Rio de Janeiro. Demorei três horas para chegar ao aeroporto – e fiquei preso mais uma hora e meia dentro do avião antes que o mesmo pudesse decolar.

Gostaria, ainda, de deixar claro que jamais falei mal abertamente do Rio de Janeiro até o episódio do motorista psicótico. E que só passei a falar mal sistematicamente da cidade depois do episódio do tiro. O Rio começou e obviamente não tem a menor intenção de pedir desculpas. É guerra!

Não sei exatamente como um único indivíduo pode travar uma guerra com uma cidade, mas pretendo descobrir. Vou começar pela minha área: a publicidade. Nesse caso, negativa.

As principais cidades do mundo são cenários importantes, que refletem a cultura e o comportamento dos seus cidadãos. Enquanto Nova York é a escolha preferida para filmes que valorizam as relações humanas e a arte, enquanto Paris é a cidade preferida para a filosofia e o amor, o Rio de Janeiro faz sucesso pelo mundo mostrando a fragilidade humana diante da violência e da degradação moral. Ou vocês nunca ouviram falar de Cidade de Deus e Tropa de Elite?

Que coisa feia, Rio, que coisa feia. Quando é que você vai tomar jeito, hein?

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