quinta-feira, 18 de outubro de 2007

House

Quem tem o canal da Universal na TV a cabo provavelmente já assistiu a um episódio de House e, se não assistiu, está perdendo.

House é um médico extremamente competente que usa toda essa competência como desculpa para ser intratável: arrogante, convencido, agressivo e antiético. É uma pessoa impossível de existir, mas o roteiro do seriado (e a atuação de Hugh Laurie) é inteligente o suficiente para dar credibilidade ao personagem.

Mais que isso: House é o profissional que todos gostaríamos de ser! Confesse: você bem que queria ser um fodão, o escroto do pedaço, o cara que todo mundo detesta e admira ao mesmo tempo, o cara que está certo o tempo todo, que tem sempre a frase certa no momento certo.

Pelo menos por alguns momentos - porque claro que ser o House o tempo todo seria um saco. Um sujeito sem amigos, sem namorada e sem esperança.

Mas ser o House não é um objetivo de vida, é uma catarse. Não é alguém que planejamos ser, mas alguém que gostaríamos de ser em uma situação saia-justa.

E é por isso que o seriado funciona. Por uma hora, você fica ali, vendo aquela personalidade magnética dominado o mundo à sua volta (inclusive o espectador) e, antes que você fique realmente incomodado, o episódio acaba. E ficamos com a ilusão perfeita de que ser alguém como o House pode ser muito bacana.

Os diálogos rápidos e inteligentes também colaboram com a diversão. Uma das minhas frases preferidas: “você não pode ter raiva de Deus e não acreditar nele ao mesmo tempo”.

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