O Fred deixou um comentário interessante no post “Põe aqui o seu pezinho”(vá lá ler), mas acho que ele não entendeu muito bem o que eu quis dizer. Tudo bem, eu mesmo não me entendo na maioria das vezes.
Pra jogar luz sobre a questão, imprimi o texto e mostrei para o surdo-mudo que trabalha aqui com a gente e ele me explicou, em linguagem de sinais (que também não entendo), o que eu quis dizer. Foi o seguinte:
Todos nós sofremos pressões sociais e todos nós nos adequamos, em maior ou menor grau. O sapato é apertado pra todos, mas para alguns, é mais apertado e, para outros, o aperto é mais insuportável.
Enquanto uns se contentam em tirá-los no fim do dia e beber uma cerveja com o pé pra cima, outros tiram logo a roupa toda, dançam rumba sobre a mesa de centro, tomam banho com o gato, filmam tudo e colocam no Youtube. E o que me chama atenção é que tem cada vez mais gente fazendo isso – não apenas escrevendo blog ou se relacionando pela Internet, mas fazendo uma auto-análise sem limite e sem critério, expondo-se ao ridículo para a avaliação dos outros.
Acho que essas pessoas estão, de certa forma, mostrando as suas cicatrizes, assim como a gueixa que divulgou o seu pé atrofiado na internet.
Porém, concordo que não são apenas pressões culturais e sociais que deixam cicatrizes. Desilusões amorosas, catástrofes naturais, guerra e assistir o Faustão do começo até o final são coisas que já provaram seu poder de destruição da alma humana mais de uma vez.
Pra jogar luz sobre a questão, imprimi o texto e mostrei para o surdo-mudo que trabalha aqui com a gente e ele me explicou, em linguagem de sinais (que também não entendo), o que eu quis dizer. Foi o seguinte:
Todos nós sofremos pressões sociais e todos nós nos adequamos, em maior ou menor grau. O sapato é apertado pra todos, mas para alguns, é mais apertado e, para outros, o aperto é mais insuportável.
Enquanto uns se contentam em tirá-los no fim do dia e beber uma cerveja com o pé pra cima, outros tiram logo a roupa toda, dançam rumba sobre a mesa de centro, tomam banho com o gato, filmam tudo e colocam no Youtube. E o que me chama atenção é que tem cada vez mais gente fazendo isso – não apenas escrevendo blog ou se relacionando pela Internet, mas fazendo uma auto-análise sem limite e sem critério, expondo-se ao ridículo para a avaliação dos outros.
Acho que essas pessoas estão, de certa forma, mostrando as suas cicatrizes, assim como a gueixa que divulgou o seu pé atrofiado na internet.
Porém, concordo que não são apenas pressões culturais e sociais que deixam cicatrizes. Desilusões amorosas, catástrofes naturais, guerra e assistir o Faustão do começo até o final são coisas que já provaram seu poder de destruição da alma humana mais de uma vez.
Na verdade, apenas alguns minutos assistindo ao Faustão já trazem danos ao seu cérebro e sua vida...
ResponderExcluirEntendi melhor... No entanto (ha sempre um "no entanto"), pergunto-me que mal isso pode fazer. Não acho que faça necessariamente bem, e eu nunca ousaria colocar no YouTube o video que eu fiz dançando o Vogue da Madonna no chuveiro... Quero dizer, eeehhrr, se eu tivesse feito um video desses....
ResponderExcluirFazer-se de bobo pro mundo ver. Certo, acontece. Mais isso deixa, no minimo, duas questões: 1) o que é que tem? e 2) quem é mais bobo, quem fez o video ou quem assiste?
Vou deixar isso de lado, antes que o chapéu me sirva. Ou sera tarde demais?