quinta-feira, 5 de junho de 2008

Nós e o cérebro

Você e seu cérebro não se conhecem tão bem como você imagina. Para provar, visite esse link, assista ao vídeo e depois volte para continuar a ler à crônica: http://www.youtube.com/watch?v=jB9SRm2c_LA&feature=related.

É sério! Vá primeiro ver o vídeo ou o resto do texto não vai fazer muito sentido.

Pronto? OK, continuemos.

A verdade é que nosso cérebro é péssimo para realizar várias tarefas simultaneamente. Ele simplesmente não foi feito pra isso e ter o foco em duas coisas ao mesmo tempo é praticamente impossível. Por isso, é muito comum que pessoas classificadas como inteligentes sejam também distraídas, o que não significa que todo distraído é um gênio – não se animem, louras.

Dirigir e falar ao celular, chupar cana e assoviar, fazer sexo e rezar o terço são todas atividades incompatíveis de serem realizadas ao mesmo tempo, por questões puramente neurológicas, o que não impede alguns desavisados de tentar. Um estudo, inclusive, comprovou que quem dirige e fala ao celular simultaneamente está agindo mais perigosamente que um motorista bêbado. Não consegui encontrar nenhum estudo sobre a cana/assovio e o sexo/terço. E aconselho você a não digitar "sexo+terço" no Google. E, se digitar, não clicar no guia "imagens". E, se clicar na guia, não olhar a décima primeira foto.

Quem se orgulha de ser multitarefa, como eu, pode calçar a sandália da humildade. Na verdade, o que fazemos é fragmentar tarefas, interrompendo-as e reassumindo-as em curtíssimos intervalos e, provavelmente, seríamos mais eficientes se tivéssemos um pouco mais de disciplina e bom-senso.

Mas talvez não. O cérebro não é tão simples quanto parece e, na verdade, sua eficiência está ligada a uma série de fatores, como, por exemplo: sono, estresse, exercício e até gênero (sim, o cérebro feminino é mais complexo que o do homem).

Curiosamente, estou escrevendo esse texto enquanto assinto à televisão, depois de uma noite mal-dormida, sob estresse prolongado, depois de alguns meses de completo sedentarismo e, pelo menos da última vez que me olhei no espelho, ainda sou homem. Será que vai ficar bom?

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