terça-feira, 3 de junho de 2008

Metalinguagem

Neste último sábado participei de uma partida interessante de um jogo de tabuleiro chamado Struggle of the Empires. Nele, cada jogador controla uma nação na época das colonizações e deve tentar ser o mais bem sucedido em exercer sua influência no mundo. Batalhas se seguem, dados são rolados e cartas de upgrades são compradas para simbolizar a evolução do seu império.

Mas a mecânica mais interessante do jogo é a seguinte: a partida é dividida em três guerras e, em cada uma delas, os jogadores irão se dividir em dois grupos de aliados. São alianças de conveniência, pois você ainda está tentando ganhar o jogo sozinho, mas você não pode atacar seus aliados, o que pode limitar seriamente seus planos de expansão. E o mais interessante: as alianças mudam de guerra para guerra e são definidas em leilão.

Então, quem era seu amigo no começo, pode virar inimigo ferrenho no segundo turno apenas para voltar a ser aliado no fim do jogo. O interessante é que, se você não tiver influência suficiente sobre os outros jogadores (financeira ou diplomática), dificilmente você vai conseguir manter as alianças que te interessam. Os outros jogadores vão tentar resolver os problemas deles, cooptando seus antigos aliados, e só vão te beneficiar se isso não for atrapalhá-los. Ou seja, fatores externos são determinantes na manutenção das suas amizades.

Achei a idéia brilhante e fiquei um bom tempo me perguntando de onde o designer poderia ter tirado essa mecânica tão interessante e perversa. Foi quando me ocorreu: da vida, claro. No jogo, obviamente, é mais divertido.

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