Por falar em pessimismo, nesse exato momento, em um túnel gigante embaixo de um lugar qualquer na Europa, tem um grupo de doidos com PhD acelerando partículas e mandando umas de encontro às outras em velocidade dez vezes superior à da luz. Eles fazem isso o dia inteiro e ficam lá, sentados, pra ver o que acontece.
Até aí, nada demais, pensa o desavisado. Melhor que assistir ao Big Brother deve ser.
O único problema é que o passatempo desses rapazes pode ter um pequeno efeito colateral: a criação de um buraco negro.
Sim, aquele mesmo tipo de buraco negro que, por ter um centro de gravidade imenso, arrasta galáxias inteiras para o seu interior. E podemos ter um na Europa. Veja bem que não é o risco de algo simples como uma explosão atômica, ou a destruição total do planeta Terra, mas o risco de criar uma coisa que pode aspirar toda a Via Láctea. Imagine se o Maradonna fosse viciado em corpos celestes. É isso: VUPT! E lá vamos nós pra dentro da narina do buraco negro.
O responsável pela brincadeira disse que, caso o buraco negro seja criado, ele será microscópico e instável e sobreviverá 0, 000...1 segundo (são dezesseis zeros). E, nesse tempo, ele não pode fazer um estrago muito grande. Talvez inale um átomo e dois e pronto.
Mas e se essa porra ficar estável, cidadão? E se não se desfizer?
Aí ele disse que a tendência é que o Buraco negro continue viajando em dez vezes a velocidade da luz e que só vai dar merda há alguns milhões de anos-luz daqui. Já estou até vendo os cabeçudos do planeta do E.T. putos da vida com a gente. Escreve o que estou dizendo que essa história vai acabar em invasão alienígena. Se alguém larga um buraco-negro na minha porta, pode ter certeza de que vou interpretar como um ato de guerra. Se os caras escaparem, vai dar rolo.
Mas e se essa porra trombar com um nêutron ou um quark, perder a velocidade e chegar, no máximo, em, sei lá, Luziânia?
Aí ele vai ser atraído pela gravidade da Terra.
Ah, certo. Podemos ter um buraco negro no centro da terra. Mas e aí?
Aí ele vai começar a sugar matéria.
Não poderia ser melhor. E aí?
Bom, eventualmente ele sugaria toda a Terra e a Via Láctea, mas isso demoraria uns seis bilhões de anos e a Terra só vai viver mais cinco bilhões, mesmo.
Então quer dizer que, se por um acaso a gente conseguir dar um jeito de evitar que o Sol se apague, não vai adiantar nada?
O cientista diria que, em primeiro lugar, é pouco provável que o buraco negro se forme e que, caso isso aconteça, é praticamente impossível que ele se aloje no centro da Terra. Praticamente impossível, Né?
Hnf... Foi o que disseram quando o Lula pensou em se candidatar à Presidência da República pela primeira vez.
Esses caras podiam fazer as experiências deles no Palacio do Planalto, mas com previsão de engolir, no minimo, a explanada dos ministérios... Chamariamos isso de Ethic cleansing...
ResponderExcluir