quarta-feira, 11 de junho de 2008

Uma pequena Indiana Jones

Nesse ano, a minha maior surpresa com o Indiana Jones veio de uma fonte completamente inesperada: o jogo Indiana Jones Lego. Pra quem não acompanha o que rola no mundo dos videogames, a série Lego pega filmes e personagens famosos (Indiana Jones, Star Wars, Batman) e transforma em um jogo de aventura, tudo montado com os bloquinhos Lego.
Os jogos são muito bem feitos e é impressionante o resultado final, pois, além de tudo no cenário poder ser montado e desmontado (pois é tudo Lego), os desafios são interessantes e inteligentes. E mais um detalhe: o enredo é sempre uma versão bem-humorada e censura - livre dos filmes. Os bonequinhos não falam e vários elementos são traduzidos através da expressão corporal. Para mostrar que o Indiana Jones tem medo de cobra, por exemplo, o bonequinho cobre o rosto com as mãos e se treme todo quando chega perto de uma cobrinha Lego, que parece um cocôzinho vermelho.
Tudo muito simpático, mas talvez bonitinho e “clean” demais, para quem, como eu, prefere jogos como a Conspiração Bourne, no qual você pode pegar um lápis na mesa e enfiar no olho do seu adversário – se não fosse por um detalhe: Indiana Jones lego eu posso jogar com a minha filha!
Assim como meu pai dividiu sua paixão por cinema comigo usando o Indiana Jones, posso, com o mesmo personagem, dividir minha paixão por videogames com minha filha, que vibra com cada cena do joguinho e não pára de apertar os botões nem quando os cineminhas pré-gravados do jogo são disparados. Para ela, ela continua controlando a ação, fascinada com tudo que consegue fazer e montar.
Se não fosse pela Bia, eu jamais iria perceber o tanto que um jacaré de Lego pode ser assustador. Quando o personagem dela cai no rio de jacarés, ela grita, larga o controle e tampa os olhos, pedindo minha ajuda para passar de fase.
E ela comenta as ações, briga com os bonequinhos, coordena as estratégias mais engraçadas e imprevisíveis, se diverte atropelando o meu personagem (várias vezes seguidas) e levanta a mão para um “high five” toda vez que conseguimos, juntos, superar um obstáculo.
É como ser criança de novo – exatamente o que um filme do Indiana Jones se propõe a fazer.

Um comentário:

  1. Não sei quantos cientistas são necessarios para criar um buraco negro, mesmo um pequenininho. Mas basta uma criança pra criar um "time warp"! A imaginação é tão subestimada...

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