quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Internetes

Volta e meia recebo uns e-mails cuja autoria é, de forma muito suspeita, atribuída aos mais diversos indivíduos. Hoje mesmo recebi um que, supostamente, foi a resposta de uma menina de dezesseis anos a uma questão de prova que envolvia um poema de Camões. Já recebi o mesmo e-mail, com o mesmo texto que, salvo engano, referia-se a uma resposta a uma questão de vestibular que um garoto, blá, blá, blá.
Mesmo texto, autores diferentes.
Não tenho nada contra a mentira na literatura e nem na vida real. Acho que a mentira é o refúgio do homem comum e quem não consegue enganar a si mesmo normalmente não é muito feliz.
Me incomoda muito quem mente para prejudicar os outros ou quem mente para se beneficiar de forma ilícita ou anti-ética. Mas o fato é que as pessoas têm uma péssima relação com a verdade, pois ela é quase sempre chata e inconveniente.
E é por isso que adoramos a Internet. Ela nos mente o tempo todo. Todo mundo é nosso amigo, todo mundo quer sexo, todo mundo é inteligente, o mundo é um lugar divertido, grotesco e interessante.
E os e-mails continuam chegando, repletos de histórias reais que nunca aconteceram.

Nenhum comentário:

Postar um comentário