quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Letras

Desde que comecei com essa história de blog já escrevi mais de trezentos textos. Alguns bem-humorados, outros repletos de ceticismo e uma ou outra elucubração com pretensões filosóficas.

Apenas algumas poucas frases, algumas poucas letras, foram românticas.

Isso tem uma explicação: não me sinto qualificado para escrever sobre o amor. Sei muito pouco sobre ele, embora esteja cercado dele.

Tenho em casa duas mulheres, minha esposa e minha filha, que sabem tudo sobre o amor. Todos os dias, as duas me ensinam alguma coisa nova sobre ele. As duas são especialistas na matéria e, confesso, isso acaba me intimidando um pouco. Afinal, qualquer coisa que eu escrever hoje sobre o amor, amanhã estará obsoleta, pois elas me mostrarão que o amor era mais do que eu pensava.

Elas fazem isso todo dia. Basta eu chegar a uma conclusão sobre o que é o amor, para que elas me provem, logo em seguida, que o amor era na verdade muito mais. Sempre mais e mais, verdadeiramente infinito. E, no entanto, o amor cabe por inteiro no abraço da minha filha e no beijo da minha esposa.

Amanhã voltamos à nossa programação normal.

Um comentário:

  1. Zinho, o amor é movimento. Se ele muda em você é por que você está mudando e está sendo mudado por ele. Se você é capaz de perceber essas mudanças é por que você é parte delas. Se você não fosse bom pai, sua filha não lhe daria amor. Se não fosse bom marido sua esposa não beijava você... Boa sexta para você. Hoje terei demonstrações de carinho da galera da faculdade (conheço eles há quase uma década), esse contato que ainda perdura, pode ser chamado de amor. Eu não teria isso se eu não fosse parte disso. Zinho, te amo!

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