segunda-feira, 9 de janeiro de 2006

Histórias da Música

Só recentemente chegou ao meu conhecimento a história da passagem da Janis Joplin pelo Brasil, que relato agora de maneira não muito precisa. Ela chegou ao Rio de Janeiro Já no final da tarde e se hospedou, salvo engano, no Copacabana Palace. Suas malas ainda estavam na recepção quando foi expulsa do hotel. Motivo: tirou as roupas e estava nadando pelada na piscina.
Sem ter para onde ir, sentou-se na calçada, onde foi reconhecida por um fotógrafo holandês que a levou para casa e, além de dar comida à cantora, fez jus à profissão e tirou algumas fotos da mesma. Pelada, claro. Quero crer que enquanto estava na calçada Janis estivesse vestida, mas não tenho certeza. De qualquer forma, aqueles vestidões que ela usava não deveriam ser muito difíceis de tirar.
Ainda na mesma noite, Janis foi expulsa de um muquifo barra-pesada, que, ao que parece, funcionava também como casa de tolerância e foi parar na praia, bêbada e desamparada, onde foi reconhecida pelo roqueiro Sergei, que levou ela e o holandês para um cantinho da praia onde, aparentemente, os três transaram até o amanhecer.
De acordo com Sergei, que guarda as botas que Janis Joplin esqueceu em sua casa e uma foto dos dois juntos para provar sua história, ele ficou mais interessado na bunda branca do holandês ao luar, já que, para ele, Janis era meio mito, meio inalcançável, mesmo participando de uma suruba na praia.
Janis Joplin, em doze horas, viveu mais aventuras no Brasil que a maioria dos gringos que vieram se apresentar no país. Ora, eu mesmo, que moro aqui desde o nascimento, nunca fui expulso do puteiro e nunca participei de uma suruba com o Sergei – não estou reclamando, só apontando um fato. Viva, Janis.
E tem aquela do baixista do Queens of Stone Age, Nick Olivieri, que tocou pelado no Rock in Rio. Ao ser preso, respondeu que não sabia que não se podia subir ao palco pelado no Brasil. Mas como assim? É que na noite anterior ele tinha ido ao ensaio do Salgueiro e o que não faltou foi mulher pelada rebolando no palco. Tá explicado.
E tem o Jimmy Cliff, que ficou tão impressionado com o sucesso da sua música Reggae Night no Brasil que, quando voltou alguns anos depois (Rock in Rio), pediu para os produtores passagem só de vinda. Tive a oportunidade de fazer uma entrevista com ele nessa época e fiquei impressionado com sua simpatia e vitalidade. Lembro que comprei meu primeiro disco de Reggae depois da entrevista. Não virei fã ardoroso do gênero, mas gosto de ouvir de vez em quando.
E tem o Paul McCartney, que tocou para o maior público de sua vida no Brasil. Pois é, o mesmo dos Beatles.
E tem... Nossa, como tem história!

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