quinta-feira, 12 de janeiro de 2006

Voltar a Ser Criança

Criança tem tudo – raiva, desejo, ansiedade, tristeza – menos preocupação. Já o adulto é aquele que está sempre preocupado com alguma coisa. Normalmente uma variante ou combinação de dinheiro, saúde e relacionamento. Obviamente, ser adulto não é fácil e muitas vezes é um caminho sem volta, o que é um perigo.
Voltar a ser criança não é ser irresponsável, já que até crianças tem responsabilidades. Guardar os brinquedos, escovar os dentes e comer verdura, por exemplo. Voltar a ser criança é conseguir, por alguns momentos, não ter nenhuma preocupação. É mais difícil do que parece, mas simples o suficiente para que a gente consiga fazer pelo menos uma vez por semana.
Para quem tem crianças em casa, a tarefa é mais fácil. Volta e meia me pego imitando animais e comendo pipoca enquanto assisto às Meninas Superpoderosas. Mas é preciso ir além. É preciso conseguir voltar a ser criança sem o auxílio de especialistas (no caso, minha filha de dois anos e meio). O verdadeiro ato de voltar a ser criança é uma conquista pessoal, que deve ser lembrada e, é claro, registrada para a posteridade.
Fiz uma lista:
1. No Star Wars 2, quando o Obi Wan pula pela janela e se agarra no robozinho voador. UAU!!!!
2. Completei a página do X-men no álbum dos Heróis Marvel. CARACA, VÉIO!
3. Cada vez que termino um capítulo da série Crise de Identidade, da Panini. Minhas mãos coçam de expectativa, esperando o próximo volume. MASSA!
4. Minha última reunião com amigos pra jogar Soul Calibur 3 no Playstation 2. IRADO!
5. Ganhei a edição especial do War no natal e, depois da ceia, fui tirar as pecinhas do plástico. DU CARAMBA!
Faça a sua lista. Se, depois de quinze minutos, você tiver menos que cinco itens, não se preocupe. Entendeu? Pare de se preocupar tanto!
Problemas são aquelas coisas que a gente resolve quando para de se preocupar com elas.

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